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Práxis Educativa

versão impressa ISSN 1809-4031versão On-line ISSN 1809-4309

Resumo

EBERSOHN, Liesel. Resiliência coletiva ao desafio global: transformar uma agenda coletiva de bem-estar rumo a uma educação equitativa sustentada. Práxis Educativa [online]. 2020, vol.15, e2016344.  Epub 02-Set-2020. ISSN 1809-4309.  https://doi.org/10.5212/praxeduc.v.16344.082.

A COVID-19 é um desafio global imprevisível e de grande escala. Ela prevê resultados negativos extremos para o desenvolvimento - incluindo a educação. Aqueles com privilégio serão beneficiados e aqueles que vivem nas margens serão ainda mais marginalizados. As respostas para igualar a desigualdade de oportunidades de aprendizado são, muitas vezes, percebidas como tentativas de boa vontade para ajudar “alguns em perigo” a prosperar - com a norma de que a maioria possui caminhos bem estabelecidos para o bem-estar. A COVID-19 constitui um tempo e espaço de sofrimento coletivo. A COVID-19 pede estratégias para possibilitar o bem-estar coletivo - não como um luxo, mas como uma necessidade. Respostas adversas que absorvem ou se adaptam ao choque continuam a manter, em vez de transformar, a essência desigual das estruturas existentes. O que é necessário para a equidade, também na educação, é uma resposta transformadora. As respostas de apoio social ao desafio global da COVID-19 podem oferecer informações sobre caminhos transformadores. Instâncias de inovações sociais por causa de um contrato social para privilegiar o bem-estar coletivo abundam no reino da COVID-19. Na África, onde a adversidade em larga escala é normativa, isso não é inédito. Todos os dias existem mecanismos de resiliência interdependentes desse calibre, denominados de respostas afluídas (flocking responses). Afluir denota distribuição conjunta de recursos direcionada a combater adversidades extremas. Nessa resposta social, a autoproteção torna-se secundária ao bem-estar coletivo. Neste ensaio, argumento que a transformação naquilo que constitui a “nova educação” pós-COVID-19 pode ser o resultado (não intencional e possivelmente sustentado) de respostas afluídas prolíficas e não estruturais para equalizar caminhos que apoiam a educação entre sistemas. Exemplos de intervenções sociais sistêmicas espontâneas que resultaram da “liberdade de fazer escolhas (para todos) com o que está disponível” poderiam fornecer insights transformadores para buscar intencionalmente as agendas coletivas de educação para o bem-estar e criar deliberadamente caminhos para o engajamento participativo - em vez de persistir com estratégias de engenharia estrutural mantendo a desigualdade.

Palavras-chave : Resiliência coletiva; Sustentabilidade transformadora; Equidade e educação; COVID-19.

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