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Revista Diálogo Educacional

versão impressa ISSN 1518-3483versão On-line ISSN 1981-416X

Resumo

SANTOS, Jorge Alejandro; BATTESTIN, Cláudia  e  PIOVEZANA, Leonel. Paradoxos interculturais na formação de professores indígenas do povo Kaingang. Rev. Diálogo Educ. [online]. 2018, vol.18, n.59, pp.1222-1241.  Epub 05-Fev-2020. ISSN 1981-416X.  https://doi.org/10.7213/1981-416x.18.059.ds11.

O presente artigo busca apresentar alguns paradoxos em torno da educação e em especial em torno da formação de professores indígenas do programa de licenciaturas Interculturais Indígenas da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) nas terras Indígenas do oeste catarinense. Entendemos que o processo educativo é um processo paradoxal na medida que pode ser um processo liberado, que afirme a autonomia dos estudantes e estimule sua criatividade e autoestima, ou um processo disciplinador que coloca os estudantes no lugar passivo, de obediência e mera recepção de saberes que lhes são distantes em seu significado e sentido. Esses paradoxos são mais notórios em um contexto intercultural, pois a escola pertence a uma tradição cultural europeia moderna, que historicamente tem censurado a diferença cultural e tem sido um meio para a aculturação das populações indígenas. Parece paradoxal que tentemos agora que isto seja um meio para o fortalecimento das culturas originárias e para um diálogo e intercâmbio equitativo entre as culturas que entram em contato no processo educativo. Na formação de professores indígenas nos deparamos cotidianamente com estes paradoxos e tensões, ainda mais quando as licenciaturas ocorrem dentro das Terras Indígenas, onde se convive com duas formas de ser, estar, compreender e habitar o mundo que não são fáceis de compreender e compatibilizar. No texto, abordaremos esta problemática no tratamento de uma temática específica, o tempo da escola e o tempo da aldeia, o tempo moderno e a temporalidade indígena, o paradoxo do chronos e Kairós no contexto da formação de professores indígenas da etnia Kaingang.

Palavras-chave : Formação de professores; Paradoxos da educação intercultural; Educação intercultural indígena.

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