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Revista Diálogo Educacional
versión impresa ISSN 1518-3483versión On-line ISSN 1981-416X
Resumen
LIMA, Michelle Castro. A feminização do magistério: o lugar da mulher como professora no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Rev. Diálogo Educ. [online]. 2020, vol.20, n.67, pp.1706-1732. Epub 31-Dic-2020. ISSN 1981-416X. https://doi.org/10.7213/1981-416x.20.067.ds10.
A docência no ensino primário difundida como um “dom” feminino foi um marco na feminização do magistério. Este estudo bibliográfico buscou analisar a formação de professoras da Escola Normal e do Magistério e a relação entre a feminização e o exercício do magistério a partir da análise de 15 dissertações e 5 teses que abordam a formação de professores para atuar na alfabetização no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, no período de 1946 a 1979. Para desenvolvimento da pesquisa utilizamos como aporte teórico a Nova História Cultural. Identificamos que a escolha pelo magistério não foi motivada por um desejo ou o sonho pela profissão e que a maioria dos alunos eram mulheres. As professoras alfabetizadoras eram direcionadas para esta profissão em decorrência de elementos relacionados com o desejo familiar e a imposição moral vigente, a partir dos valores cristãos disseminados nas Igrejas. Os homens afastaram-se do magistério primário devido à desvalorização da área e aos baixos salários, bem como pela influência da Igreja Católica, que apresentava impedimentos morais para a atuação masculina no ensino primário, enquanto enaltecia o papel da mulher nessa função com base na ideia de vocação e de extensão da maternidade. Neste contexto, era necessário formar professoras para instruir no ensino primário. Esse movimento culminou na feminização do setor.
Palabras clave : Formação de Professoras; Docência; História; Igreja.