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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

CYBULSKI, Cynthia Ajus  e  MANSANI, Fabiana Postiglione. Análise da Depressão, dos Fatores de Risco para Sintomas Depressivos e do Uso de Antidepressivos entre Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2017, vol.41, n.1, pp.92-101. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n1RB20160034.

Introdução

A depressão entre estudantes de Medicina tem sido uma condição prevalente, porém as pesquisas têm sido metodologicamente insuficientes quanto à análise dos fatores de risco envolvidos e ao tratamento dessa população.

Objetivos

Determinar a prevalência de sintomas depressivos e de seus fatores de risco, assim como do uso de antidepressivos na amostra analisada.

Método

Para o screening de sintomas depressivos, foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck (BDI), e para a adesão medicamentosa, o teste de Morisky-Green-Levine. O teste exato de Fisher unicaudado foi utilizado para variáveis qualitativas e, para as quantitativas, o teste one-way Anova com análise post-hoc pelo teste de Tukey-Kramer. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05.

Resultados

Mostraram-se estatisticamente significativas as associações entre sintomas depressivos e frequência de atividades de lazer, estresse, satisfação com o desempenho acadêmico e falta de apoio emocional. Não mostraram associação com sintomas depressivos as seguintes variáveis: sexo, viver sozinho, parceiro fixo, álcool, tabagismo, drogas ilícitas e série do curso . A satisfação com o desempenho acadêmico e o alto grau de estresse não apresentaram significância estatística ao serem relacionados com as séries do curso.

Conclusão

As prevalências de sintomas depressivos nos acadêmicos de Medicina da UEPG e da utilização de medicamentos antidepressivos vão ao encontro dos dados referentes a acadêmicos de Medicina de outras instituições brasileiras e internacionais. Apresentam-se como fatores de risco para os transtornos depressivos a frequência das atividades de lazer, o estresse, a satisfação com o desempenho acadêmico e a falta de apoio emocional no ambiente acadêmico. A prevalência de depressão a partir da quarta série tendeu a aumentar, e apenas a sexta série diferiu de modo estatisticamente significativo em relação às demais quanto às médias do escore BDI, o que sugere a hipótese de que o final do curso de Medicina é o período que apresenta maior quantidade de fatores estressores e depressivos para o acadêmico.

Palavras-chave : Antidepressivos; Depressão; Estudantes de Medicina; Transtorno Depressivo; Transtornos do Humor; Prevalência.

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