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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

MOROMIZATO, Maíra Sandes et al. O Uso de Internet e Redes Sociais e a Relação com Indícios de Ansiedade e Depressão em Estudantes de Medicina. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2017, vol.41, n.4, pp.497-504. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n4RB20160118.

Introdução:

A internet é uma ferramenta imprescindível na atualidade, pois possibilita acesso fácil e rápido às informações e a manutenção de laços afetivos por meio das redes sociais. Entretanto, quando se percebe um uso descontrolado e desadaptativo, ocorre a chamada adicção por internet (AI). Estudos prévios investigaram diversas comorbidades associadas a esse transtorno, gerando um importante conhecimento importante para a conduta clínica.

Objetivo:

Investigar a correlação entre indicadores do uso de internet e redes sociais e a presença de sintomas ansiosos e depressivos.

Métodos:

Estudo descritivo, transversal, quantitativo, com amostragem por conveniência, realizado com estudantes de Medicina no ano de 2015. Os sintomas ansiosos e depressivos foram analisados por meio do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e do Inventário de Depressão de Beck (BDI), respectivamente. Além disso, utilizou-se um questionário confeccionado pelos pesquisadores com base no Internet Addiction Test (IAT).

Resultados:

Dos 169 estudantes que participaram da pesquisa, 98,8% (167) fazem uso diário de internet e/ou redes sociais. Foi avaliada a prevalência de diversos indícios do uso prejudicial da internet, bem como a concepção dos participantes sobre seu uso. Não foi encontrada associação estatística entre o tempo gasto na internet e a presença de sintomas ansiosos e depressivos com os escores BAI e BDI. Contudo, foram percebidas algumas associações estatisticamente significativas com os resultados dos escores BAI e BDI tanto com indicadores da necessidade de verificação da internet quanto com indicativos do uso desadaptativo da internet.

Conclusão:

O presente estudo ratifica achados prévios na literatura que apontam que a AI não está necessariamente relacionada com o tempo gasto na internet, mas com o padrão desadaptativo do uso. Os resultados aqui encontrados podem servir de base para futuras intervenções em instituições de ensino que busquem minimizar o prejuízo desse transtorno cada vez mais presente.

Palavras-chave : Estudantes de Medicina; Internet; Rede Social; Dependência; Ansiedade; Depressão.

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