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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

RODRIGUES, Elisa Toffoli et al. Perfil e Trajetória Profissional dos Egressos da Residência em Medicina de Família e Comunidade do Estado de São Paulo. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2017, vol.41, n.4, pp.604-614. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n4RB20160084.

O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil e a trajetória profissional dos egressos dos Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade do Estado de São Paulo.

Métodos:

Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, que caracterizou o perfil dos 129 médicos residentes egressos de 17 Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) do Estado de São Paulo que finalizaram a residência entre 2000 e 2009.

Resultados:

Dos 234 residentes, (129) 55,1% responderam ao questionário da pesquisa. A maioria (96,9%) era brasileira, natural do Estado de São Paulo (71,2%); 58,1% eram mulheres; 88,4% referiram ter até 39 anos; 89,1% moravam em grandes centros urbanos, tendendo a se fixar mais no Estado de São Paulo (80,0%), onde realizaram a residência médica. Os médicos atuavam na área de Medicina de Família e Comunidade (74,0%), 49,6% ligados à Estratégia Saúde da Família. A permanência na área foi mais favorável entre aqueles que, ao terminarem a graduação, desejavam ser médicos de família (77,6%) em relação aos que não o desejavam (63,6%). Quase a metade dos egressos informou ter dois ou três postos de trabalho e 99,2% continuaram sua formação acadêmica após o término da residência. Observou-se interesse na docência por 48,1% dos entrevistados, que referiram atuar no ensino de graduação e pós-graduação stricto e lato sensu, como programas de residência médica, enquanto um terço referiu atividades de pesquisa.

Conclusão:

O entendimento mais aprofundado de quem são e de onde se encontram os profissionais preparados para atuar na Atenção Primária à Saúde pode contribuir para a construção da identidade dos médicos de família e, consequentemente, para o fortalecimento dessa especialidade médica. Os resultados do estudo apontaram uma perspectiva favorável da especialidade Medicina Geral de Família e Comunidade no Estado de São Paulo, que não pode ser generalizada para a realidade de um sistema de saúde tão desigual no País, mesmo considerando as melhorias promovidas pelas recentes medidas de regulação da gestão do SUS. A literatura consultada e comentada possibilita ver a potencialidade no campo da formação dos especialistas, mas a graduação tem uma latência maior para mostrar a efetividade dessas alterações.

Palavras-chave : Medicina Geral de Família e Comunidade; Educação Médica; Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Sistema Único de Saúde.

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