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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

MALTA, Regina; RODRIGUES, Bruna  e  PRIOLLI, Denise Gonçalves. Paradigma na Formação Médica: Atitudes e Conhecimentos de Acadêmicos sobre Morte e Cuidados Paliativos. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2018, vol.42, n.2, pp.34-44. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n2RB20170011.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Cuidados Paliativos como abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares que enfrentam problemas associados a doenças ameaçadoras de vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento. Recentemente no Brasil, promoveu-se a Medicina Paliativa a especialidade médica, obrigando a repensar os conceitos de educação em terminalidade da vida nas escolas brasileiras. O relacionamento pessoal com a morte parece influenciar diretamente a premissa do cuidar-mais-que-curar, sendo essencial na relação do cuidador com aquele que morre. Há estreita relação entre ansiedade e medo da morte e a atitude do estudante de Medicina perante situações de terminalidade de vida. A visão que o acadêmico tem sobre a morte poderá determinar a disponibilidade interna, valores, conceitos e preconceitos com relação à morte e ao morrer e determinar seu desempenho como profissional. Dessa forma, os programas de educação médica devem ressaltar não apenas os aspectos teóricos e técnicos em Cuidados Paliativos, mas também o clima emocional que envolve o ato médico e a finitude da vida.

Objetivo:

Comparar as atitudes de acadêmicos em curso de Medicina perante a morte e o processo de morrer segundo o contato teórico e/ou prático com a disciplina de Cuidados Paliativos ao longo de sua formação médica.

Método:

Estudo de coorte que avalia a modificação do perfil do acadêmico de Medicina com base nos questionários de Tanatofobia e Autoeficácia em Cuidados Paliativos.

Resultados:

A reflexão teórica diminui a ansiedade relacionada à atividade prática (p < 0,05). As habilidades em comunicação e multidisciplinaridade em Cuidados Paliativos são mais bem desempenhadas pelo grupo que recebe treinamento completo, teórico e prático, do que nos grupos que recebem apenas teoria ou nos que adquirem seus conhecimentos mediante aprendizado em serviço exclusivamente (p < 0,05).

Conclusão:

A disciplina Cuidados Paliativos auxilia na superação de medos relacionados à morte, reduzindo a ansiedade envolvida na prática dos cuidados de fim de vida, principalmente no quesito comunicação. Estudantes que recebem treinamento teórico e prático em Cuidados Paliativos mostram maior confiança diante de situações de terminalidade.

Palavras-chave : Cuidado Paliativo; Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida; Educação Médica; Morte.

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