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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

RAIMONDI, Gustavo Antonio et al. Intersetorialidade e Educação Popular em Saúde: no SUS com as Escolas e nas Escolas com o SUS. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2018, vol.42, n.2, pp.73-78. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n2RB20170043.

Em 1988, a Constituição Federal do Brasil deu as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a saúde como direito. Em 2013, a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS) amplia as conquistas nessa área ao reafirmar os princípios desse Sistema: universalidade, integralidade, equidade e participação social, esta essencial para o debate de Educação Popular em Saúde. Nesse contexto, o papel da universidade, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação em Medicina de 2014, de atuar sobre as necessidades da população, promovendo saúde e transformando a realidade da sociedade, é fundamental na formação dos estudantes, bem como no seu vínculo com a comunidade. O grupo de execução deste trabalho levantou a proposta de refletir sobre a realidade do SUS na perspectiva de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das escolas municipais de Uberlândia (MG), dialogando com seus saberes a fim de empoderar a população por meio da construção compartilhada de conhecimento. Nas vivências, identificamos o desconhecimento da população sobre seus direitos e o próprio SUS, e, assim, priorizamos o debate e o diálogo utilizando a amorosidade, princípio da PNEPS, para conseguirmos trabalhar os princípios desse Sistema de Saúde, bem como os direitos da população relativos à saúde. Notamos que a nossa formação ainda é centrada no médico, visto que houve uma dificuldade inicial de estabelecer o contato de forma confortável com ambas as partes. Por trabalharmos com pessoas, naturalmente surgiram demonstrações sobre suas insatisfações com o nosso sistema de saúde, e foi preciso utilizar isso para apontar possíveis soluções e como protagonizar essa luta sem colocar a responsabilidade da melhoria e consolidação de nossa saúde somente nas mãos de terceiros. Era preciso compreender a importância do SUS e saber como mudá-lo por meio, principalmente, da participação social. O objetivo foi alcançado pelo estabelecimento de um vínculo que possibilitou a construção conjunta de conhecimento, trazendo maior autonomia tanto ao grupo quanto aos participantes, aumentando nossa perspectiva de uma mudança na luta pela saúde que almejamos em nossa formação e futura atuação profissional.

Palavras-chave : Promoção da Saúde; Sistema Único de Saúde; Educação Médica; Educação em Saúde; Integração comunitária.

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