SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.42 issue3Was there a change in perception of medical students of what good doctors are and what it would take to train them across a 14-year span? A mixed methods panel author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Share


Revista Brasileira de Educação Médica

Print version ISSN 0100-5502On-line version ISSN 1981-5271

Abstract

MEDEIROS, Mirna Rossi Barbosa; CAMARGO, José Fernando; BARBOSA, Luiza Augusta Rossi  and  CALDEIRA, Antonio Prates. Saúde Mental de Ingressantes no Curso Médico: uma Abordagem segundo o Sexo. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2018, vol.42, n.3, pp.214-221. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n3RB20170008.

O curso de Medicina possui elevada carga horária e habitualmente demanda grande envolvimento dos estudantes. Em consequência, acadêmicos de Medicina podem apresentar alta prevalência de estresse, Síndrome de Burnout e sintomas depressivos, que podem comprometer a qualidade de sua vida. Tais aspectos demonstram a necessidade de estudos mais profundos deste grupo populacional, especialmente em um novo contexto de acesso ao ensino superior. O presente estudo teve por objetivo avaliar globalmente a saúde mental dos acadêmicos ingressantes no curso médico, com ênfase em qualidade de vida, Transtornos Mentais Comuns, sintomas depressivos, nível de sonolência diurna e Burnout, segundo o sexo. Trata-se de estudo transversal, realizado com acadêmicos do primeiro período de graduação em Medicina, oriundos de três instituições do Norte de Minas. Foram aplicados questionários de avaliação de sonolência diurna, sintomas depressivos, Transtornos Mentais Comuns, Burnout e qualidade de vida, além de um questionário com informações sociodemográficas. Os acadêmicos foram abordados na própria faculdade onde estudam, no início ou no término da aula. Na análise dos dados utilizou-se o Teste Qui-Quadrado e o t de Student para amostras independentes, na comparação entre os sexos. Foram avaliados dados de 101 estudantes ingressantes. O estresse esteve presente em 45,5% dos estudantes. A prevalência de sintomas depressivos em grau variado também foi significativa, afetando 43,6% dos estudantes. Houve diferença estatisticamente significante no componente mental da qualidade de vida e na presença de Transtornos Mentais Comuns entre homens e mulheres. Uma parcela bastante significativa apresentou níveis patológicos de sonolência diurna, sintomas de Transtornos Mentais Comuns, sintomas depressivos de graus variados, exaustão emocional e despersonalização. Mais de um terço dos acadêmicos considera sua qualidade de vida ruim, tanto no domínio físico, quanto no mental. A qualidade do curso e da assistência à saúde requer um profissional humanizado e que busque boas condições de saúde. Por isso, é essencial que as universidades discutam estratégias que visem à promoção de saúde e à prevenção de sintomas que comprometem a saúde mental dos acadêmicos.

Keywords : Estudantes de Medicina; Medicina do Comportamento; Depressão; Esgotamento Profissional; Qualidade de Vida.

        · abstract in English     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )