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Revista Brasileira de Educação Médica

Print version ISSN 0100-5502On-line version ISSN 1981-5271

Abstract

KLEM DE MATTOS, Marselle Soares S.; SILVA, Gabriel Pereira da  and  GAMA, Renato Faria da. O Problema da Consciência: por Onde Começar o Estudo?. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.1, pp.175-180. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n1RB20180165.

O estudo do sistema nervoso e suas funções é fascinante e complexo. Um dos mais intrigantes assuntos deste campo é como a neurobiologia produz estados conscientes, o notório problema da consciência (cérebro e mente). Para esse estudo, são necessários conhecimentos tanto de neuroanatomia e fisiologia como de questões linguísticas e filosóficas, o que torna o assunto temido ou ignorado pelos estudantes de Medicina. Assim, aquele que vai iniciar o estudo desse capítulo da neurociência se depara com um questionamento: por onde começar? A quantidade de informação é muito grande, e o ponto de partida, em geral, pode ser a biologia, a psicologia ou a filosofia. Portanto, este ensaio tem como objetivo sugerir um caminho, entre vários possíveis, para nortear aqueles que desejam informações preliminares sobre o tema. Isto porque alguns estudantes têm dificuldade com o assunto por não dominarem alguns conceitos fundamentais ou desconhecerem as teorias defendidas, fixando-se apenas na vertente biológica do assunto. Desta maneira, na introdução deste manuscrito são apresentadas três possibilidades conceituais para a palavra consciência e alguns problemas de limitação do idioma. Na sequência, a neurobiologia é abordada de forma sucinta, com ênfase na atividade eletroquímica neuronal. Em seguida, são relatadas as teorias sobre a consciência e os pontos de vista de dois autores: David Chalmers e Daniel Dennett. A escolha desses autores para este trabalho visa demonstrar que tais teorias possuem movimento pendular: iniciando com Descartes e sua teoria dualista em um extremo, passando por outras teorias intermediárias e chegando até os materialistas reducionistas no extremo oposto. A metodologia se resume à pesquisa de artigos científicos sobre o tema. Por fim, embora a corrente majoritária defenda que a consciência é um fenômeno bioquímico, pois, para haver consciência é necessário cérebro, também há aqueles que defendem que a consciência não seja um atributo da matéria. Discussões como esta devem ser encorajadas e embasadas em fundamentação teórica.

Keywords : Consciência; Cérebro; Mente; Neurociência.

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