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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

CANDIDO, Patrícia Tavares da Silva  e  BATISTA, Nildo Alves. O Internato Médico após as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014: um Estudo em Escolas Médicas do Estado do Rio de Janeiro. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.3, pp.36-45. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n3rb20180149.

Instituídas em 2014, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Medicina contêm várias recomendações, especialmente para o internato médico. Apesar do reconhecimento da necessidade de mudanças no que se refere à capacitação profissional para atender às demandas da comunidade, muitos consideraram pouco democrática a instituição dessas DCN. Seu processo de implantação ainda é pouco estudado. Objetivou-se analisar o internato médico em escolas médicas do Estado do Rio de Janeiro após a instituição das DCN de 2014, sob a ótica dos coordenadores de curso e de internato. Em 2016, o Estado do Rio de Janeiro possuía 19 cursos de Medicina, em 15 escolas médicas. Destes, nove cursos participaram da pesquisa. A população de estudo foi representada por 13 participantes – nove coordenadores de curso e quatro coordenadores de internato. Trata-se, assim, de uma amostragem do universo das escolas, sem intenção de generalização dos resultados para todo o Estado. Foram utilizadas abordagens qualitativas e quantitativas. As questões abertas foram submetidas à análise de conteúdo, e a escala atitudinal foi avaliada por análise estatística. Na visão dos coordenadores, todas as escolas médicas estão em processo de adequação às determinações das DCN de 2014. A maioria está de acordo com a inclusão obrigatória, no internato, das áreas de Urgência e Emergência, Atenção Básica e Saúde Mental. Muitas são as dificuldades encontradas no processo de implantação e/ou reestruturação dessas atividades no internato: escassez de cenários; precariedade dos cenários existentes na Emergência do Sistema Único de Saúde; falta de docentes/preceptores e o prazo estabelecido para a implantação das Diretrizes. Entretanto, algumas estratégias têm sido planejadas, como a diversificação dos cenários de prática, a criação de estágios eletivos, o estabelecimento de convênios e parcerias, o desenvolvimento de atividades integradas com outras áreas do internato e a utilização de laboratórios de simulação realística. As escolas médicas vivem um momento de transformação curricular, impulsionado pelas DCN. Esse momento deve ser encarado como uma oportunidade para revisitar o internato médico e, possivelmente, encontrar estratégias para aprimorar a formação médica nesse espaço privilegiado da graduação. Acredita-se que a divulgação dos resultados desta pesquisa possa auxiliar as escolas médicas no processo de apropriação e implantação das determinações das DCN de 2014.

Palavras-chave : –Educação Médica; –Escolas Médicas; –Currículo; –Internato e Residência.

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