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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

CASTELHANO, Laura Marques  e  WAHBA, Liliana. Respostas Emocionais de Médicos aos Estímulos Afetivos do International Affective Picture System (IAPS). Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.3, pp.46-53. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n3rb20180090.

As emoções dos médicos têm um papel importante na relação com o paciente, pois podem interferir em suas atitudes, percepções e nos processos de julgamento e decisão. O objetivo desta pesquisa foi analisar a resposta emocional dos médicos aos estímulos do International Affective Picture System (IAPS). Este estudo utilizou o método quantitativo e avaliou 30 médicos, homens e mulheres de diversas especialidades, que dedicassem parte (ou a totalidade) de seu tempo ao atendimento clínico no consultório, que tivessem no mínimo dois anos de experiência após a conclusão da residência médica e que atuassem em medicina convencional (clínica médica). Os instrumentos utilizados na análise foram: o questionário sociodemográfico, para análise das variáveis; o IAPS, composto por imagens afetivas capazes de induzir estados emocionais; e o Self-Assessment Manikin (SAM), para classificação das respostas emocionais por meio de duas escalas: prazer e alerta. Os resultados mostraram que, quanto à percepção emocional, não houve diferença entre os resultados da amostra e da população geral, mas houve diferença na relação com as variáveis sociodemográficas – idade, tempo de formado, tempo médio de atendimento (consulta) e horas semanais dedicadas ao trabalho no consultório –, concluindo-se que médicos mais velhos, com mais tempo de formados e que ficam mais tempo em consulta com o paciente se sentiram mais impactados diante dos estímulos emocionais do que os médicos mais jovens, com menos tempo de formados e que ficam menos com o paciente em consulta. Os resultados também mostraram que os médicos que dedicam mais horas semanais ao trabalho no consultório perceberam os estímulos de forma menos prazerosa que os médicos que trabalham menos tempo no consultório e que dividem seu tempo com outras atividades. São necessárias novas pesquisas e estudos para o aprofundamento do tema das emoções e de sua influência na prática médica, considerando amostras maiores, em contextos distintos e novas variáveis.

Palavras-chave : Médicos; Emoções; Psicologia Médica.

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