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Revista Brasileira de Educação Médica

versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271

Resumen

ALBUQUERQUE, Leila Verônica da Costa et al. Práticas Integrativas e Complementares: Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem em Práticas Integrativas nas Escolas Médicas do Brasil. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.4, pp.109-116.  Epub 12-Sep-2019. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n4rb20180259ingles.

Contexto

Medicinas Complementares e Alternativas (MAC) são práticas de cuidados não convencionais que, segundo a Organização Mundial da Saúde, devem ser implementadas no sistema de saúde, particularmente nas regiões pobres do País. No Brasil, têm sido inseridas na saúde como Práticas Integrativas por meio de programas assistenciais e no ensino de graduação. Objetivou-se avaliar o processo de ensino-aprendizagem em Práticas Integrativas nas escolas médicas brasileiras.

Metodologia

Um estudo transversal foi realizado em escolas médicas brasileiras com um questionário autoaplicável para professores, e um levantamento de dados secundários foi obtido em websites de escolas médicas e instituições de bancos de dados governamentais. Na apresentação das variáveis utilizou-se a distribuição de frequências e os testes do coeficiente de Pearson (x2) – Qui-Quadrado. As proporções foram comparadas por meio do teste Qui-Quadrado ou do Teste Exato de Fisher. Quando o valor esperado de uma tabela de contingência foi igual ou superior a 5, utilizou-se o teste Qui-Quadrado; em todas as outras situações, utilizou-se o Teste Exato de Fisher. A diferença entre as proporções foi estimada pela Odds Ratio, calculada por meio de regressão logística simples (95% IC).

Resultados

Das 272 escolas médicas do Brasil, 57 abordam MAC, sendo essa proporção maior nas regiões Sul e Centro-Oeste. Há uma concentração de escolas médicas em capitais, e a Região Nordeste apresenta uma concentração significativa de escolas médicas com MAC nas capitais. O número de escolas com metodologias ativas e tradicionais no ensino de MAC é equivalente. A homeopatia, a acupuntura e a medicina integrativa predominam, com uma minoria usando práticas indígenas, cromoterapia e medicina antroposófica. As novas diretrizes educacionais não causaram impacto no número de escolas com MAC. O crescimento em MAC foi insignificante (p < 0, 5) nos últimos dez anos.

Conclusão

Não houve crescimento no ensino em Práticas Integrativas e Complementares no Brasil na graduação médica após as novas diretrizes curriculares, mesmo diante das necessidades do sistema de saúde.

Palabras clave : Recursos Humanos em Saúde; Medicina Integrativa; Terapias Complementares; Educação Médica.

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