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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

SOUZA, Carlos Dornels Freire de et al. E o Passado é uma Roupa que Não nos Serve Mais: uma Reflexão sobre Integração Ensino-Saúde-Comunidade em Curso Médico do Nordeste. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.1, suppl.1, pp.7-11. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-editorial.

A formação médica, assim como a sociedade brasileira, tem passado por importantes transformações. Tais mudanças buscam atender as demandas sociais e sanitárias contemporâneas, sobretudo no que diz respeito a uma formação voltada à realidade sociossanitária local. Em razão disso, a formação deve buscar desenvolver competências, habilidades e atitudes em um cenário de integração do ensino com a saúde e a comunidade. O curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, campus Arapiraca, iniciado no ano de 2015, resulta do processo de expansão das escolas médicas do País e do processo de interiorização das ações dessa universidade. O curso está estruturado em três eixos (tutoria, habilidades médicas e integração ensino-saúde-comunidade). Neste texto, pretende-se apresentar o processo de trabalho do eixo de Integração Ensino-Saúde-Comunidade (Iesc), seus principais avanços e os desafios envolvidos no processo de formação. O Iesc tem como missão promover a aproximação entre o acadêmico e a realidade sociossanitária local a fim de garantir uma formação médica capaz de oferecer uma assistência integral, respeitosa, ética, crítica e humanística, considerando o sujeito e o contexto em que está inserido, sua cultura, crença, hábitos e costumes. Em 2017, para cumprir sua missão, o eixo reestruturou o currículo do curso de modo que a formação ocorra no ciclo básico (primeiro e segundo anos), passando pelo ciclo intermediário (terceiro e quarto anos) e alcançando o internato (quinto e sexto anos). Nossa experiência tem mostrado que o aprendizado significativo deve nascer da prática, isto é, do processo de experimentações com a realidade. É nítido o maior envolvimento dos nossos estudantes quando incluímos atividades com finalidades práticas bem definidas. Nossa sistemática de trabalho envolve reuniões mensais, quando são discutidos os principais problemas e elaboradas estratégias de condução do eixo, padronização de cadernos de curso e estratégias avaliativas, processo de formação continuada dos docentes, como parte do plano bianual de qualificação e inclusão de avaliação por parte dos acadêmicos, com o semestre em curso. A variedade de estratégias pedagógicas, todas ancoradas nas metodologias ativas de ensino-aprendizagem, contribui para o maior envolvimento dos nossos estudantes nas aulas. Os principais desafios são consolidar a inserção na rede de saúde local e qualificar o corpo docente no uso de metodologias ativas em todos os processos de aprendizagem.

Palavras-chave : Educação Médica; Flexibilidade de Aprendizado; Currículo; Educação Superior.

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