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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

VALENTE, Ana Augusta Motta Oliveira  e  CALDATO, Milena Coelho Fernandes. Matriz de Competências para Programas de Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.1, suppl.1, pp.195-206. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20180103.ing.

Introdução

Competências médicas tornaram-se o ponto central em todos os níveis na educação médica ao redor do mundo. Nesse contexto, Programas de Residência Médica (PRM) no Brasil têm começado a buscar um currículo baseado em competências para aprimorar a formação do especialista.

Objetivo

Elaborar uma proposta de Matriz de Competências para Programas de Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia (MREM).

Metodologia

O estudo foi dividido em quatro fases. A primeira fase consistiu na revisão bibliográfica e construção da Matriz Piloto. Na segunda fase, em encontro presencial, aplicou-se a Matriz Piloto a endocrinologistas, com posterior análise dos dados e construção da Matriz Estruturada. Na terceira fase, aplicou-se a Matriz Estruturada no Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM 2016) a endocrinologistas, com um total de 49 respostas. Com base na metodologia Delphi, analisaram-se as 230 competências de cada uma das matrizes e criou-se um questionário contendo competências com divergência superior a 10% e com as sugestões dos especialistas. Na quarta e última fase, também utilizando-se metologia Delphi, enviou-se por e-mail o questionário e realizou-se análise dos dados e construção da proposta MREM.

Resultados

Na segunda, terceira e quarta fase, a taxa de resposta dos endocrinologistas foi de 73,3%, 51% e 76,4%, respectivamente, tendo o Sudeste apresentado o maior número de participantes. A Matriz Piloto apresentava 219 competências, a Matriz Estruturada, 230, e a proposta final da MREM, 244. As áreas de competências Diabetes e Obesidade, Síndrome Metabólica e Alterações de Apetite tiveram as maiores modificações e sugestões. Em todas as fases, apenas duas competências foram excluídas. As sugestões da terceira fase foram unanimamente aceitas.

Conclusão

A proposta de MREM finalizou com 21 áreas e 244 competências, 33 classificadas como pré-requisito, 157 como competência essencial, 36 como desejável e 18 como avançada. As competências distribuíram-se da seguinte forma na MREM: campo “Fundamentos” – 100 competências, 15 pré-requisitos, 65 competências essenciais, 14 desejáveis e 6 avançadas; campo “Conhecimento Específico” – 132 competências, 18 pré-requisitos, 87 competências essenciais, 19 desejáveis e 8 avançadas; e campo “Formação Complementar” – 12 competências, nenhum pré-requisito, 5 competências essenciais, 3 desejáveis e 4 avançadas. A MREM foi aprovada pela Comissão de Formação em Endocrinologia e Metabologia da SBEM e submetida a avaliação no Ministério da Educação (MEC), sendo utilizada como base para a Matriz de Competências de Endocrinologia e Metabologia, publicada pelo Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM).

Palavras-chave : Educação Médica; Matriz de Competências; Residência Médica; Endocrinologia; Currículo.

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