SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.43 issue1  suppl.1Assessment of Communication Skills in the Simulated Environment of Medical Training: Concepts, Challenges and Possibilities in Medical EducationThe Perception of Medical Students about Communication of Bad News in Medical Education author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Share


Revista Brasileira de Educação Médica

Print version ISSN 0100-5502On-line version ISSN 1981-5271

Abstract

KAM, Suzana Xui Liu et al. Estresse em Estudantes ao longo da Graduação Médica. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2019, vol.43, n.1, suppl.1, pp.246-253. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20180192.

O estresse corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o organismo necessita se adaptar frente a uma situação desafiadora. É uma das respostas mais recorrentes no meio acadêmico devido à rotina exaustiva e conteúdo denso que exigem responsabilidade e competitividade dos estudantes. Na graduação médica, somam-se a estes fatores a preocupação do estudante em aprender o conteúdo discutido em aulas e a pressão exercida pelos próprios acadêmicos, além da cobrança da sociedade. Diante da relevância do tema, este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência do estresse durante a graduação médica em acadêmicos de uma universidade privada da região do Alto Tietê, no Estado de São Paulo. Foram aplicados dois instrumentos de pesquisa, o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL) e a Escala de Estresse Percebido (PSS), em 420 estudantes (67,14% do sexo feminino) matriculados entre os ciclos básico (primeiro e segundo ano) e profissionalizante (terceiro ao sexto ano). Todos os participantes da pesquisa eram voluntários. De acordo com o PSS, foram verificados maiores níveis de estresse entre os alunos do primeiro ao terceiro ano quando comparados aos discentes do quarto ao sexto ano. O ISSL demonstrou a ocorrência de estresse em 65% dos estudantes. Entre estes, 9,04% se encontravam em fase de “quase exaustão” e 0,95% na fase de “exaustão”, as fases mais elevadas dos níveis de estresse, sendo que a ocorrência de sintomas teve prevalência no sexo feminino. Em todas as turmas analisadas, os alunos do primeiro ao terceiro ano apresentaram maior índice de estresse em relação aos demais, o que pode estar associado à distribuição dos conteúdos curriculares com predomínio de disciplinas conceituais, assim como ao processo de transição de conteúdos teóricos para atividades práticas. Estes resultados podem estar vinculados à adaptação dos alunos à rotina das universidades, às disciplinas cursadas e às obrigações que o ensino superior exige.

Keywords : Educação Médica; Estresse Psicológico; Medicina.

        · abstract in English     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )