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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

LOPES, Janaína Maciel; CASTRO, João Gabriel Franco; PEIXOTO, José Maria  e  MOURA, Eliane Perlatto. Autoeficácia de Estudantes de Medicina em Duas Escolas com Metodologias de Ensino Diferentes (Aprendizado Baseado em Problemas versus Tradicional). Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2020, vol.44, n.2, e047.  Epub 06-Abr-2020. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.2-20190187.ing.

Introdução:

A autoeficácia acadêmica refere-se à crença do estudante em sua capacidade de organizar e executar ações relacionadas às atividades e exigências acadêmicas. Nesse contexto, a autoeficácia tem recebido grande destaque da literatura tanto pela relevância quanto pelo poder preditivo dos acontecimentos no âmbito escolar. Estudantes com maiores níveis de autoeficácia têm maiores probabilidades de ser bem-sucedidos nas suas intervenções, pois conseguem mais facilmente testar e utilizar as suas competências. O objetivo deste estudo foi avaliar a autoeficácia acadêmica de estudantes do quarto ano de Medicina em duas escolas com metodologia de ensino diferentes: aprendizado baseado em problemas (ABP) versus tradicional.

Método:

Trata-se de estudo transversal e quantitativo que foi conduzido em duas escolas de Medicina: uma com metodologia ABP e outra com metodologia tradicional. Participaram deste estudo 147 estudantes de Medicina do quarto ano divididos em dois grupos: 73 da escola com metodologia ABP e 74 da escola com metodologia tradicional. A coleta de dados foi realizada pelo preenchimento de questionário autorrespondido, contendo perguntas de avaliação sociodemográfica e aspectos gerais de saúde, além da Escala de Autoeficácia na Formação Superior.

Resultados:

Os alunos da escola com metodologia ABP apresentaram média geral do somatório do escore maior (p < 0,01) e média do escore maior em cada domínio da escala de autoeficácia quando comparados com a escola de metodologia tradicional. As variáveis sexo feminino, ser mais velho, morar sozinho, não usar medicamento para doença crônica e exercer atividade extracurricular apresentaram influência positiva na média de escore de autoeficácia nos diferentes domínios da escala.

Conclusões:

Os estudantes de Medicina do quarto ano de ambas as instituições analisadas apresentaram autoeficácia de moderada a forte. Os estudantes da escola do ABP apresentaram escores de autoeficácia maiores em relação aos da escola com metodologia tradicional. Esses resultados indicam que o uso de metodologia ativa de ensino, como a do ABP, pode se relacionar a um maior grau de autoeficácia acadêmica. Mais estudos são necessários para uma melhor compreensão da influência do modelo curricular adotado na autoeficácia acadêmica, em estudantes de Medicina.

Palavras-chave : Autoeficácia; Educação Médica; Estudantes de Medicina; Currículo.

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