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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

VERAS, Renata Meira; FERNANDEZ, Clara Couto; FEITOSA, Caio Cezar Moura  e  FERNANDES, Sheyla. Perfil Socioeconômico e Expectativa de Carreira dos Estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2020, vol.44, n.2, e056.  Epub 07-Abr-2020. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.2-20190208.

Introdução:

As recentes de políticas de inclusão e de democratização do acesso ao ensino superior têm conclamado ao desenvolvimento de pesquisas que observem o perfil socioeconômico dos estudantes universitários, ainda mais em cursos de alta concorrência e prestígio, como Medicina.

Método:

Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa de caráter transversal, com aplicação de questionários trianalíticos numa amostra de 381 estudantes, com o objetivo de descrever o perfil socioeconômico do estudante de graduação em Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), assim como conhecer aspectos relacionados à sua vida acadêmica e às expectativas futuras de atuação profissional. Para análise dos dados, utilizou-se o software SPSS 18 em 20 variáveis que abordaram perfil socioeconômico, aspectos relacionados à vida acadêmica dos estudantes e expectativa de carreira.

Resultados:

Os resultados deste estudo apontam que o perfil do estudante de Medicina é formado por 50,7% de mulheres, 52,8% de pardos, média de idade de 23 anos, 50,4% são oriundos de Salvador e da região metropolitana, 38,8% dos estudantes possuem alta renda familiar, 55,6% estudaram a maior parte do ensino médio em escola particular e para 58% a entrada no curso não se deu por políticas de ação afirmativa. Para 73% dos discentes, Medicina é a primeira graduação. Quase a totalidade dos estudantes (98,4%) afirmou que pretende fazer especialização, esvaziando assim as especialidades raízes e a formação de um médico generalista como preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Conclusão:

Conclui-se que, mesmo com a implementação de políticas de ação afirmativa, o curso de Medicina continua sendo de elite que tende a priorizar espaços de ensino em detrimento dos outros pilares da universidade.

Palavras-chave : Educação Médica; SUS; Estudantes; Universidade.

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