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Revista Brasileira de Educação Médica

versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271

Resumen

AIDAR, Mariana de Oliveira Inocente et al. Fatores Associados à Suscetibilidade para o Desenvolvimento de Transtornos Alimentares em Estudantes Internos de um Curso de Medicina. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2020, vol.44, n.3, e097.  Epub 27-Jul-2020. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.3-20190147.

Introdução:

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à suscetibilidade para o desenvolvimento de transtornos alimentares em estudantes internos de um curso de Medicina.

Método:

Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa, em que se aplicaram dois questionários: um com dados sociodemográficos e outro com o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), que é um instrumento psicométrico para triar transtornos alimentares.

Resultados:

Foram incluídos na pesquisa 162 estudantes internos de Medicina. No gênero feminino, identificaram-se maiores escores no EAT-26 na escala da dieta (D) (p = 0,0079), que evidencia uma recusa patológica a comidas hipercalóricas e uma excessiva preocupação com a forma física, na escala de bulimia e preocupação com os alimentos (B) (p = 0,0014) e no escore geral da EAT-26 (p = 0,0005). Maior escore na escala D foi encontrado em estudantes que trabalham e estudam (p = 0,0278) e naqueles com sobrepeso (p = 0,0297). Aqueles que referiam estar seguindo alguma dieta tiveram maiores escores na escala D (p < 0,0001), na escala B (p = 0,0300) e no escore geral (p = 0,0001). Os que afirmaram ter preocupação quanto à quantidade de calorias obtiveram maiores escore na escala D (p < 0,0001), na escala B (p = 0,0010) e no escore geral (p < 0,0001). Os que referiram ter medo de engordar tiveram maiores escores na escala D (p < 0,0001), na escala B (p = 0,0001) e no escore geral (p < 0,0001), e, em contrapartida, aqueles que não tinham medo de engordar obtiveram maior escore na escala controle oral (CO) (p = 0,0149), que reflete o autocontrole associado aos alimentos e reconhece influências sociais do meio em que o indivíduo está inserido em relação à ingesta alimentar, assim como aqueles abaixo do peso (p = 0,0042). Os ansiosos obtiveram maiores escores na escala D (p = 0,0356), na escala B (p = 0,0266) e no escore geral (p = 0,0310).

Conclusões:

Ficaram evidenciados maiores escores na escala EAT-26 em estudantes internos de Medicina que são do sexo feminino, que trabalham e estudam e naqueles com sobrepeso. Além disso, seguir alguma dieta, possuir preocupação quanto à quantidade de calorias, ter medo de engordar, ser ansioso, triste e insatisfeito com próprio corpo também foram fatores associados com maiores escores. Todos esses fatores podem ser relacionados com um maior risco de esses estudantes desenvolverem distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia.

Palabras clave : Estudantes de Medicina; Transtornos Alimentares; Anorexia Nervosa; Bulimia Nervosa.

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