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Revista Brasileira de Educação Médica

versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271

Resumen

MORETTI, Murilo Sabbag  y  PESSOA, Alex Sandro Gomes. Avaliação da Eficácia de um Programa de Formação sobre Violência contra Crianças e Adolescentes. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2020, vol.44, n.4, e127.  Epub 22-Sep-2020. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.4-20200259.ing.

Introdução:

O atendimento em serviços de saúde é, muitas vezes, a primeira possibilidade para a identificação de casos de violência contra crianças e adolescentes (VCCA). Sendo assim, o objetivo deste artigo foi avaliar a eficácia de um programa de intervenção desenvolvido para habilitar estudantes e profissionais da área da saúde a reconhecer e encaminhar casos de VCCA. Adicionalmente, buscou-se verificar em qual nível de formação (graduação, pós-graduação ou profissionais em exercício) uma intervenção desse porte teria maior efeito.

Método:

Trata-se de um estudo quase experimental, delineado a partir de uma análise com um grupo controle (GC) não equivalente. A pesquisa incluiu estudantes de Medicina, pós-graduandos da residência em pediatria e profissionais que atuam em instituições de saúde. Participaram, no total, 105 pessoas, sendo 89% de mulheres. Os participantes foram posteriormente subdivididos entre o grupo experimental - GE (n = 60) e grupo controle - GC (n = 45). Um programa de formação, composto por dez sessões (20 horas no total), acerca do tema foi desenvolvido e aplicado a um GE. Para avaliar a efetividade da intervenção, aplicou-se um questionário em períodos previamente determinados (pré-teste e pós-teste). Os dados foram submetidos a análises estatísticas (análises descritivas, teste t e de comparações múltiplas de Tukey), por meio do software R.

Resultados:

O pós-teste revelou alterações estatisticamente significativas em todas as dimensões avaliadas com o GE, o que comprova que a intervenção trouxe mudanças nas concepções prévias que os participantes tinham a respeito da VCCA. Além disso, quando se compararam as respostas obtidas nos questionários entre três grupos do GE (graduandos, pós-graduandos e profissionais em exercício), ficou constatado que não houve diferenças estatísticas intergrupos, o que sugere que programas desse porte têm efeitos positivos independentemente do nível da formação que está sendo ofertada.

Conclusões:

Este estudo evidenciou que programas de formação podem qualificar a concepção dos estudantes e profissionais da saúde, bem como auxiliar para que se sintam mais preparados para lidar com demandas relativas à VCCA. Cabe, no entanto, um esforço coletivo para que esses conteúdos sejam incorporados de forma propositiva no processo formativo em todos os níveis, da graduação à formação continuada.

Palabras clave : Violência; Criança; Adolescente; Profissionais de Saúde; Programa; Efetividade.

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