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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

RODRIGUEZ, Carlos Arteaga; SOUZA, Marcel Wilkins Pereira; REMONTI, Nadhyne Somacal  e  HERNANDEZ-FUSTES, Otto J.. Programa de Treinamento em Neurologia para a Educação de Residentes em Psiquiatria: Relato de Experiência em Curitiba, Brasil. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2020, vol.44, n.4, e151.  Epub 08-Out-2020. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.4-20200080.ing.

Introdução:

É necessário que a residência de psiquiatria conste um programa da disciplina de neurologia. No Brasil, como não existe uma padronização dos conteúdos a serem abordados, os residentes realizam estágios em diferentes serviços de neurologia. Neste relato, descreve-se a experiência da aplicação do Programa de Neurologia para Residência Médica de Psiquiatria (PNRMP).

Métodos:

Trata-se de um estudo observacional e descritivo da experiência do PNRMP em Curitiba, no Paraná. Para a elaboração do PNRMP, realizou-se uma pesquisa teórico-reflexiva nos sites da Associação Brasileira de Psiquiatria, Residências Médicas de Psiquiatria Brasileiras, do PubMed e da SciELO. Na pesquisa, utilizaram-se as seguintes palavras-chave: programa de residência em psiquiatria; residência em neurologia e psiquiatria; neurologia em psiquiatria.

Resultados:

Em 2011, iniciou-se a elaboração do PNRMP com o objetivo de oferecer aos residentes os subsídios teórico-práticos da interface psiquiatria e neurologia sob supervisão de um preceptor neurologista. O programa, com nove anos de aplicação e 54 residentes formados, ocorre em dois ambulatórios do Sistema Único de Saúde - um de neurologia geral (para residentes do primeiro ano) e outro de epilepsia ou transtornos neurocognitivos do idoso (para residentes do terceiro ano -, com duração de quatro a cinco horas, uma vez por semana. Os residentes realizam um atendimento/hora, e os casos são revisados em parceria com o preceptor que esclarece as dúvidas da entrevista/do exame físico e define o diagnóstico e a conduta colegiada. Procure-se as competências clínicas em treinamento em serviço, discussões de casos, revisões teóricas e seminários. No final do ambulatório, realiza-se uma reunião da equipe para compartilhar os conhecimentos gerados nos atendimentos e orientar atualizações clínicas/terapêuticas. As avaliações são diárias, trimestrais, anuais e quanti-qualitativa, em que se consideram a aquisição de habilidades, o raciocínio clínico, a qualidade nos atendimentos, o profissionalismo e a comunicação com a equipe, os pacientes e os familiares.

Conclusão:

O PNRMP supera a dicotomia “orgânico versus funcional”. Na integração das atividades teóricas e práticas, busca-se um conhecimento abrangente e resolutivo que permita ao futuro psiquiatra prestar um serviço competente e humano. Recomenda-se a participação dos residentes egressos para que eles possam avaliar o PNRMP. Os autores propõem o desenvolvimento de um PNRMP reprodutivo nacional e padronizado.

Palavras-chave : Educação Médica; Residência em Psiquiatria; Neurologia; Psiquiatria; Relato de Experiência.

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