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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

YABRUDE, Angela Theresa Zuffo et al. Desafios das Fake News com Idosos durante Infodemia sobre Covid-19: Experiência de Estudantes de Medicina. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2020, vol.44, suppl.1, e140.  Epub 19-Set-2020. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.supl.1-20200381.

Introdução:

A pandemia do novo coronavírus trouxe consigo uma infodemia, ou seja, um excesso de informações, que, em populações com baixa análise crítica e falta de conhecimento técnico-científico, pode gerar e disseminar fake news. No Brasil, esses déficits são encontrados frequentemente nos idosos, que representam 13% da população, e na maior parte dos analfabetos absolutos e funcionais, o que os torna tanto vítimas quanto propagadores.

Relato de Experiência:

Foi realizada uma atividade multicêntrica baseada no projeto-piloto da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná que promoveu educação em saúde para a população idosa por meio de redes sociais e comunicação on-line. Assim, os estudantes de Medicina ficaram disponíveis para esclarecer dúvidas e mitos relacionados à Covid-19 e enviar materiais informativos. Doze instituições de ensino superior da Região Sul do Brasil replicaram o projeto de 4 de julho a 6 de agosto de 2020, com o objetivo de combater às fake news e estimular a criação de canais de comunicação confiáveis com essa população.

Discussão:

A inclusão digital do idoso é algo recente, e a proporção daqueles que são usuários da internet vem crescendo no país. Entretanto, ainda há baixa interpretação crítica de informações, dificuldade de acompanhar o fluxo de notícias e pouca habilidade com ferramentas da internet. Nesse sentido, dar protagonismo a essa população digitalmente invisibilizada e permitir a ampliação do conhecimento médico geriátrico durante a pandemia, por meio do contato de acadêmicos com as demandas dos idosos, é uma forma efetiva de possibilitar um entendimento maior acerca das vulnerabilidades e necessidades do público geriátrico no que tange à educação em saúde.

Conclusão:

A construção do canal de comunicação entre acadêmicos e idosos apresentou uma possibilidade inovadora para a população idosa obter informação científica de forma acessível, de modo a conscientizá-la do novo coronavírus e da propagação de notícias falsas.

Palavras-chave : Inclusão Digital; Geriatria; Acesso à Informação; Populações Vulneráveis; Coronavírus.

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