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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

PEREIRA, Douglas Vinícius Reis et al. Cartografia das escolas médicas: a distribuição de cursos e vagas nos municípios brasileiros em 2020. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.1, e005.  Epub 12-Jan-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.1-20200282.ing.

Introdução:

O número de cursos de Medicina no Brasil e a quantidade de vagas ofertadas cresceram consideravelmente nos últimos anos. A partir de 2013, essa expansão tinha o objetivo de atingir sobretudo o interior do país.

Objetivo:

Considerando que existem diversos interesses em torno dessa expansão e que essa realidade influencia diretamente as políticas de educação e saúde do país, o objetivo deste estudo foi analisar a quantidade e a distribuição, em 2020, desses cursos e vagas nos municípios brasileiros.

Método:

Trata-se de estudo transversal com dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As variáveis estudadas foram números de cursos, número de vagas e características dos municípios das escolas médicas, como tamanho da população, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e distância em relação à capital do respectivo estado.

Resultados:

Há 328 cursos em atividade que ofertam 35.480 vagas para ingressantes em Medicina. Ocorre diferença quando se analisam instituições públicas ou privadas e instituições gratuitas ou pagas. Há maior oferta de vagas em cursos pagos (74,1%) e em municípios de interior (69,8%). No interior, 27,8% das vagas são ofertadas por municípios distantes de um a 100 km da capital. A menor parte das vagas (7,9%) é ofertada em municípios de IDH médio, sendo o restante em municípios de IDH alto ou muito alto. O aumento do IDH está relacionado à maior proporção de cursos privados ofertando vagas de Medicina. Observou-se que não há correspondência entre o número absoluto de vagas e a população da Região Norte, o que ocorre nas demais regiões do país.

Conclusões:

A formação médica está sob várias influências, a exemplo das tendências econômicas e políticas. Essa discussão precisa levar em consideração a regionalização e a democratização do acesso. Observou-se tendência de as instituições públicas se destinarem a municípios mais distantes. Apesar de maior homogeneidade entre as regiões, a Região Sudeste ainda concentra quase metade das vagas. Além disso, o aumento do número de vagas em cursos privados evoca o questionamento sobre o perfil de estudantes que têm a oportunidade de acessar essa graduação.

Palavras-chave : Educação Médica; Escolas Médicas; Educação Superior; Políticas de Saúde; Estudantes de Medicina.

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