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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

KINTSCHEV, Marília Rocha et al. Alteração do cronotipo em universitários da área da saúde com sonolência diurna excessiva. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.1, e031.  Epub 10-Fev-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.1-20200271.ing.

Introdução:

A sonolência diurna excessiva (SDE) é caracterizada por uma maior probabilidade de o indivíduo iniciar o sono em horários inadequados por meio de cochilos involuntários, afeta negativamente o desempenho nos estudos, no trabalho e nas relações familiares e sociais, e aumenta o risco de acidentes.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo avaliar o cronotipo e a prevalência de SDE e seus fatores associados em estudantes de Medicina (método PBL). Para tanto, compararam-se os discentes de Medicina com os de outros cursos da área da saúde (método tradicional).

Métodos:

Trata-se de estudo transversal com 1.152 estudantes universitários matriculados em cursos de graduação da área da saúde. Definiu-se a presença de SDE quando se observaram escores > 10 na Epworth Sleepiness Scale (ESE), e o cronótipo foi avaliado por meio do instrumento Morningness-eveningness Questionnaire (MEQ). Por meio do software Stata 13.0, realizaram-se estatística descritiva e análises bivariadas e multivariadas, além de interações para que o estudo pudesse se ajustar ao modelo.

Resultados:

A prevalência de SDE foi de 56,5% (IC 95%, 53,6-59,4), e a pontuação média na ESE foi de 11,1 (IC 95%, 10,8-11,3). Esse valor foi menor entre os que apresentaram cronotipo matutino e maior entre os estudantes de Medicina. Dos alunos que participaram do estudo, 10,3% (n = 119) apresentaram um cronotipo incompatível com o período do curso. Os fatores associados e independentes para a SDE foram: sexo feminino (RP, 1,14, IC 95%, 1,01-1,29), idade entre 16 e 19 anos (RP, 1,20, IC 95%, 1,04-1,39), hábito de estudar de madrugada, uso de celular antes de dormir (RP, 1,56, IC 95%, 1,02-2,38), não praticar atividade física semanal (RP, 1,13, IC 95%, 1,02-1,25) e cronótipo matutino (RP, 0,87, IC 95%, 0,76-0,99). Não usar telefones celulares antes de dormir reduziu a prevalência de SDE em 14%.

Conclusões:

Este estudo demonstrou que o cronotipo matutino se comportou como um fator protetor independente para distúrbios do ciclo circadiano. A prática de atividade física semanal reduziu a prevalência SDE entre universitários com cronotipos intermediário e noturno.

Palavras-chave : Distúrbio de Sonolência Excessiva; Estudantes da Área da Saúde; Distúrbio do Ciclo Circadiano; Cronotipo.

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