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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

BERTASSO, Carolina Pimentel et al. Telemedicina nas instituições de longa permanência para idosos como social accountability no contexto da Covid-19. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.1, e023.  Epub 28-Jan-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.1-20200312.ing.

Introdução:

A Organização Mundial da Saúde definiu a obrigatoriedade do direcionamento das atividades de educação, pesquisa e serviços para atender às preocupações prioritárias de saúde como responsabilidade social das escolas médicas. Considerando a emergência em saúde pública em decorrência da Covid-19, decidiu-se utilizar a telemedicina e implementar o ensino remoto para continuar a programação curricular e prestar apoio à gestão municipal a partir do pressuposto da social accountability.

Relato de experiência:

A dois meses do fim da graduação, discentes de Medicina acompanharam as 43 instituições de longa permanência para idosos (Ilpis) - públicas e privadas - do município de São José do Rio Preto com o intuito de monitorar residentes e funcionários em relação à Covid-19. Por meio de ligações diárias para as Ilpis, eles solicitaram ao representante de cada unidade, geralmente enfermeiro responsável, ou ao proprietário do estabelecimento informações sobre os principais sintomas da Covid-19 detectados nos moradores e funcionários das instituições. Cotidianamente, essas informações eram registradas numa plataforma on-line, na planilha de organização do trabalho, e depois relatadas para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e discutidas com o professor responsável pela mentoria. Um plano de contingência para a Covid-19 foi elaborado pela equipe, autorizado pela SMS e repassado às Ilpis, para orientá-las durante a pandemia.

Discussão:

A Covid-19 apontou as fragilidades, as limitações e a capacidade de adaptação do sistema educacional de saúde, o que possibilitou o aprimoramento da formação dos novos médicos. Durante o monitoramento, os discentes encontraram diversos desafios: dificuldade no contato telefônico com algumas Ilpis, informações omitidas ou fornecidas de forma equivocada pelos funcionários e atrasos na comunicação de casos suspeitos. Contudo, o contato diário permitiu reconhecer as Ilpis que se apresentavam mais adequadas e as que necessitavam de investigação e orientação, criando vínculo com as Ilpis.

Conclusão:

Durante a pandemia, foi possível realizar ações na lógica da social accountability, evidenciando que o teleatendimento é uma ferramenta que, ao mesmo tempo que mantém os internos nos cenários de práticas, presta assistência à comunidade e à gestão municipal durante a pandemia.

Palavras-chave : Telemedicina; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Responsabilidade Social; Infecção por Coronavírus; Educação Médica.

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