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Revista Brasileira de Educação Médica

versión impresa ISSN 0100-5502versión On-line ISSN 1981-5271

Resumen

MACHADO, Clarisse Daminelli Borges  y  SCHROEDER, Edson. O aprender a aprender na Educação Médica: reflexões a partir de aportes da Teoria Histórico-Cultural. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.3, e188.  Epub 16-Ago-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.3-20210151.

Introdução:

O termo aprender a aprender, inicialmente desenvolvido como contraponto à Escola Tradicional, visando uma maior emancipação dos estudantes em relação à construção do conhecimento em sala de aula, assim como um incentivo à democracia e autonomia civil destes, passou a ser utilizado, de forma recorrente, como slogan neoliberal nas escolas médicas. Incorporado pelo mercado como sinônimo do termo norte-americano “do it yourself” (faça você mesmo), o conceito de aprender a aprender tornou-se significado de um construtivismo naturalista, partindo do princípio de que os estudantes constroem seus próprios conceitos, habilidades e valores de forma adequada e satisfatória.

Desenvolvimento:

Na Educação Médica, em especial, o termo aprender a aprender figura como proposta pedagógico-metodológica de forma recorrente. Convém salientar que a presença do termo, por si só, não deve ser concebida como danosa à Educação Médica, mas, sim, o contexto pedagógico em que se encontra inserido. Há, portanto, um esvaziamento do papel docente, enquanto regulador, da relação estabelecida entre o estudante e o mundo. Apresentamos três premissas teóricas, a partir da perspectiva histórico-cultural, para refletir e problematizar a natureza e os significados associados ao slogan “aprender a aprender”, com foco sobre a aprendizagem e o desenvolvimento do estudante, destacando a importância do médico-docente neste processo.

Conclusão:

Tanto a atividade de ensino como a de estudo necessitam se transformar em atividades conscientes por parte dos seus protagonistas, atentando-se à unidade criação de significado/aprendizagem conduzindo ao desenvolvimento, como princípio dialético central e como condição indispensável para o que compreendemos como desenvolvimento humano. Somente na atividade torna-se visível a universalidade do sujeito humano e a constituição da personalidade (médica). Deste modo, asseveramos que os médicos-docentes são fundamentais para que os estudantes de Medicina possam ser orientados a atuar nos termos da superação e mudança.

Palabras clave : Aprendizagem; Desenvolvimento Humano; Educação Médica; Cultura em Saúde.

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