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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

MAZUTTI, Sandra Regina Gonzaga; RONCATI, Ana Cristina Kuhn Pletsch  e  MARTINS, Délio Eulálio. Implantação de um programa de mentoria remoto para estudantes de Medicina em tempo de pandemia. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, suppl.1, e114.  Epub 19-Maio-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.supl.1-20210149.

Introdução:

Programas de mentoria são necessários para apoio ao estudante de Medicina e podem ter diversos objetivos, dependendo das instituições que os implementam, embora ainda não sejam uma realidade na maioria das universidades. Durante a pandemia da Covid-19, encontros presenciais foram impedidos, o que dificultou ainda mais a manutenção desses programas, apesar de ser um dos momentos de maior necessidade emocional para os alunos. Ajustaram-se as aulas, e os encontros foram transformados em remotos, e, dessa forma, a mentoria on-line passou a ser uma realidade.

Relato de experiência:

Apoiado pelo Núcleo de Apoio Psicopedagógico dos Estudantes de Medicina (Napem), foi estruturado um programa de mentoria em pequenos grupos, formados por docentes, discentes mais experientes (comentores) e mentorados (alunos do primeiro ao terceiro ano) com reuniões realizadas de forma remota, o que permitiu a participação dos estudantes, a interação com eles e o acolhimento desse público. As reuniões aconteceram entre junho e dezembro de 2020. O programa contou com a participação de 13 mentores, 94 alunos mentorados e 24 comentores. O programa teve uma sessão de treinamento com mentores e comentores, que foi conduzida pela psicóloga do Napem para alinhamento de expectativas e orientações. As discussões nos grupos focaram dificuldades na vida acadêmica, profissional e pessoal.

Discussão:

O modelo remoto de mentoria apresenta como pontos fortes a maior flexibilidade para mentores e mentorados, a facilidade de participação de ambos e a manutenção da conexão do grupo, pois os encontros são facilitados pela tecnologia, visto que não houve nenhuma desistência. Como ponto fraco dessa experiência, citamos a falta de análises quantitativas e qualitativas do programa utilizando, por exemplo, entrevistas ou questionários de forma científica para avaliar melhor os resultados.

Conclusão:

A mentoria remota é útil e deve ser incluída como uma possibilidade de legado permanente para os cursos de Medicina, pois os encontros mostraram-se relevantes para mentores e mentorados, e mantiveram-se com alta adesão durante todo o programa.

Palavras-chave : Mentores; Educação Médica; Tutoria; Pandemia.

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