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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

AMORIM, Maria Gardenia et al. Atitudes e percepções de professores e estudantes de medicina em relação ao suicídio. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.4, e214.  Epub 10-Nov-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.4-20210299.ing.

Introdução:

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que haja cerca de um milhão de mortes por suicídio por ano no mundo, mais do que a soma total de mortes em guerras e homicídios, que resulta em uma morte a cada 40 segundos. Apesar da existência de diversas publicações científicas sobre a prevenção do suicídio, existem estudos que mostram que os profissionais de saúde não são capacitados para cuidar adequadamente de pessoas em risco de suicídio.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo compreender as atitudes e percepções de alunos e professores do curso de medicina em relação ao suicídio.

Métodos:

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, que avaliou uma amostra de 180 alunos do 8º e 11º semestres e 57 professores de diferentes semestres dos cursos médicos avaliados. Os dados foram obtidos por meio da aplicação do Suicide Behavior Attitude Questionnaire (SBAQ), além de um questionário sociodemográfico. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e analítica.

Resultados:

Em relação à capacidade profissional, as pontuações foram baixas tanto para alunos (mediana 5,5) quanto para professores (mediana 5,25). Alunos que viram alguém apresentando comportamento suicida (p = 0,002) e os que frequentavam o semestre mais avançado (p = 0,04) sentiram-se mais confiantes no atendimento de pacientes com risco de suicídio. Houve diferença significativa quanto ao fator Direito ao Suicídio entre os alunos que se disseram religiosos (p = 0,001), assim como entre os professores que frequentavam serviços religiosos com maior frequência (p = 0,02).

Conclusões:

Concluímos que alunos e professores tiveram pouca experiência com suicídio nos cursos de medicina avaliados, o que contribui para o baixo nível de formação e o sentimento de insegurança, indicando a necessidade de dar mais importância ao assunto na graduação em medicina, visando permitir a aquisição de conhecimentos e habilidades para uma prática médica preventiva e competente em relação ao suicídio.

Palavras-chave : Suicídio; Educação Médica; Treinamento de Professor; Assistência Médica.

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