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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

LEAL, Gilberto da Cruz; MARTINEZ, Edson Zangiacomi; MANDRA, Patrícia Pupin  e  JORGE, Tatiane Martins. Autopercepção de habilidades não cognitivas entre estudantes de graduação em saúde durante a Covid-19. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2021, vol.45, n.4, e239.  Epub 22-Nov-2021. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.4-20210182.ing.

Introdução:

O período de isolamento social imposto no Brasil em resposta à pandemia tem alterado o modo de aprender de muitos estudantes universitários do Brasil, em especial o dos que tiveram suas atividades acadêmicas, que antes eram presenciais, transferidas para o modo remoto. Tais mudanças podem ser benéficas se considerarmos que este pode ser um momento favorável para o aprimoramento de habilidades não cognitivas, como autoconhecimento, resiliência, coletividade, versatilidade, adaptabilidade e liderança.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo investigar como os universitários da área da saúde, das regiões Sudeste e Sul do país, têm percebido o aprimoramento de competências não cognitivas durante as rápidas mudanças impostas pela pandemia.

Método:

O estudo contou com a participação de 954 estudantes da área da saúde matriculados em instituições de ensino superior brasileiras. Um questionário on-line composto por 25 questões foi utilizado para coletar dados demográficos e acadêmicos, sentimentos e habilidades não cognitivas percebidas durante a continuidade “a distância” do curso de graduação. A percepção dos universitários foi aferida a partir de escalas Likert de intensidade, de 10 pontos (de 1 a 10), variando de “muito pouco” a “muito”. Previamente à aplicação desse questionário, foi feita sua validação por um grupo de juízes, composto por 20 estudantes de graduação de uma instituição de ensino superior do interior do estado de São Paulo, de diferentes cursos da saúde.

Resultado:

A análise de correspondências demonstrou que as habilidades não cognitivas, bem como as sensações investigadas, foram percebidas em variadas intensidades pelos estudantes universitários, sendo possível notar impactos positivos e negativos decorrentes das mudanças vivenciadas. Os alunos do primeiro e segundo semestres da graduação tenderam a ser menos colaborativos do que os discentes do terceiro e quarto semestres; em contrapartida, os alunos ingressantes tenderam a ser mais abertos ao novo quando comparados àqueles dos demais semestres.

Conclusão:

Vencer a procrastinação, assumir o protagonismo nos estudos, colaborar com os colegas e estar aberto ao novo foram habilidades não cognitivas fortemente percebidas durante a pandemia. Além disso, frustração, falta de motivação e desestabilidade emocional foram fortemente sentidas pelos estudantes, que consideraram que a pandemia afetou negativamente os estudos.

Palavras-chave : Pandemias; Infecções por Coronavírus; Estudantes; Habilidade.

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