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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

SILVA, Angélica Pedreira da et al. A formação generalista e a opção pelo exercício profissional segundo a percepção do estudante. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, n.1, e022.  Epub 23-Fev-2022. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.1-20210461.ing.

Introdução:

Desde que foram implantadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina com ênfase à formação de profissionais com perfil generalista desconhece-se os fatores que podem contribuir com o interesse pelo exercício profissional.

Metodologia:

Estudo transversal descritivo e analítico de caráter qualitativo explanatório com 523 acadêmicos dos diversos cursos de medicina da cidade de Salvador-Bahia, que responderam um questionário online após assinatura do TCLE. A amostra foi categorizada em interesse na Especialização Imediata (EI) e entre aqueles que pretendem Atuar como Generalistas (AG). A idade e o período do curso também foram categorizados em grupos.

Resultados:

A idade da amostra era de 18 a 25 anos em 83,7% (n=438), sendo 72,5% (n=380) do sexo feminino, cursando do 4º ao 9º semestre em 69% (n=363). O grupo Especialização Imediata representou 27,2% (IC95%: 35%-73%) e o grupo que pretende Atuar como Generalista, 72,8% (IC95%: 68%-76%). A formação generalista não influenciou a opção pelo exercício profissional com RR=0,81 (IC95%: 0,55-1,20) p=0,308. Os fatores associados a AG foram: pertencer a instituição pública (p=0,041) acreditar na capacidade de resolubilidade do generalista e nas diretrizes do SUS (p<0,001), o desejo de contribuir com a sociedade (p=0,005) e a credibilidade da sociedade (p=0,044).

Conclusão:

Os estudantes percebem que a grade curricular contempla a formação generalista, no entanto não influenciou o interesse pelo exercício profissional. O desejo de atuar como generalista está presente em um número expressivo entre eles, movido pelo altruísmo e o desejo de contribuir com a sociedade, respaldados pelas leis orgânicas que fundamentam as Diretrizes do SUS, ao mesmo tempo em que não se sentir valorizado e ter sua credibilidade questionada pela sociedade, estimulam ao exercício profissional apenas de modo temporário.

Palavras-chave : Clínicos gerais; Especialização; Prática profissional; Escolha da profissão.

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