SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.46 número1Significados atribuídos pelos docentes às vivências envolvendo direitos humanos no ambiente acadêmicoExperiências mundiais em preceptoria na graduação médica: uma revisão integrativa índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Compartilhar


Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

NASCIMENTO, Maria Isabel do; TORRES, Rhian Costa  e  RIBEIRO, Klynsman Grisotto Faria. Tecnologias assistivas para deficiência visual e auditiva ofertadas aos estudantes de medicina no Brasil. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, n.1, e037.  Epub 23-Mar-2022. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.1-20210264.ing.

Introdução:

As tecnologias assistivas (TA) são produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias e estratégias que podem ser usados na educação para promover o aprendizado com autonomia e o sucesso acadêmico de estudantes que têm algum tipo de deficiência.

Objetivo:

O objetivo foi analisar as TA disponibilizadas nos cursos de medicina no Brasil para apoiar os estudantes com diminuição de audição e/ou visão.

Métodos:

Este é um estudo descritivo que usou dados de cursos de graduação em medicina que participaram do Censo do Ensino Superior coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2018. As TA para estudantes com deficiência auditiva e/ou visual que eram disponibilizadas nos cursos de medicina foram avaliadas considerando as características da instituição, como a categoria administrativa (pública versus privada), a localização (capital versus interior) e o ano de abertura do curso (a partir do ano 2000 versus antes do ano 2000).

Resultados:

Em 2018, havia 323 cursos de medicina funcionando no Brasil. A maioria deles (90%) confirmou a oferta de pelo menos um tipo de TA. A disciplina de Língua Brasileira de Sinais foi a TA mais frequentemente ofertada (80%), e o material tátil foi a TA menos ofertada (32%). Houve maior completude de oferta de TA para estudantes de medicina nos cursos de administração privada quando se compararam aos públicos. A localização e o ano de abertura do curso não influenciaram a oferta de TA no Brasil. Os cursos apresentaram melhor completude de TA para apoiar estudantes com deficiência auditiva do que com deficiência visual.

Conclusão:

A maioria dos cursos de medicina oferta TA para os estudantes com deficiência visual e/ou auditiva, mas de modo incompleto. Apesar de a localização do curso e o tempo em que ele está em funcionamento não terem influenciado a oferta, o estudo revelou desigualdades. Estudantes de medicina com deficiência visual e/ou auditiva encontram TA sobretudo nos cursos de administração privada, adicionando mais barreiras às suas possibilidades financeiras, que já são suficientemente comprometidas pelo fato de terem que suprir as necessidades essenciais comuns às pessoas vivendo com deficiência.

Palavras-chave : Tecnologia Assistiva; Pessoas com Deficiência; Inclusão Escolar; Política Pública; Estudantes de Medicina.

        · resumo em Inglês     · texto em Português | Inglês     · Português ( pdf ) | Inglês ( pdf )