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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

CARVALHO FILHO, Aderval de Melo et al. Formação na Residência Médica: visão dos preceptores. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, n.2, e052.  Epub 18-Mar-2022. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.1-20210237.ing.

Introdução:

A residência médica é uma especialização estabelecida como padrão-ouro para formar especialistas. Trata-se de uma fase profissional transformadora para o jovem médico, cuja finalidade é aprimorar a qualidade da formação médica. Ao atuar na formação do residente ao mesmo tempo que presta assistência aos usuários, o preceptor se torna uma espécie de interlocutor entre o ensino e a assistência. Cabe a esse profissional estimular os residentes a desenvolver senso clínico e ético, e há relatos de que, em geral, o preceptor não possui preparação para as funções docentes.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo analisar as vivências e os entendimentos dos preceptores em relação à atividade de ensino nas residências médicas.

Método:

Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, composto por 300 preceptores, de todas as faixas etárias e sexos, realizado em Maceió, em Alagoas. Foi aplicado um questionário elaborado e validado por Girotto, contendo 35 afirmações, divididas em cinco fatores, com ênfase nas opiniões dos preceptores sobre vários temas envolvendo suas atividades. Analisaram-se os percentuais de percepção positiva e de percepção negativa sobre cada afirmação.

Resultado:

Houve predomínio de percepção positiva sobre aptidão para atividades educacionais (88,67%), desenvolvimento de correlações teórico-práticas na preceptoria (96%), percepção de necessidade de aprendizagem (98,33%) e atualização (87%). Também houve percepção positiva sobre a presença de recursos essenciais para as atividades docentes (71%); além disso, 91% dos preceptores relataram que a preceptoria integra o residente na sua equipe. Porém, é interessante o fato de a preceptoria ser uma tarefa não remunerada (75,34%). Além disso, não há capacitações pedagógicas (72%).

Conclusão:

Os preceptores estão inseridos em um ambiente adequado para suas atividades docentes, com estrutura física apropriada, além de contarem com suporte da chefia e da instituição. Sentem-se aptos para ensinar, porém, em geral, não receberam capacitação docente. Os residentes estão adequadamente inseridos no ambiente da residência, o que resulta na melhora do serviço. Contudo, os preceptores, em geral, não são remunerados para essa tarefa.

Palavras-chave : Residência Médica; Preceptoria; Educação Médica; Capacitação de Recursos Humanos em Saúde; Ensino.

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