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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

PACHECO, Carla Suzane Góes  e  COSTA, Antônio Carlos Silva. Empatia em estudantes de Medicina: análise em função do período da graduação e perfil sociodemográfico. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2022, vol.46, n.3, e107.  Epub 08-Set-2022. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.3-2021043.

Introdução:

A empatia, tida como uma das características mais marcantes dos grandes profissionais médicos, é o elemento central da relação médico-paciente e do cuidado centrado na pessoa.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo investigar como se manifestam os níveis de empatia em estudantes de Medicina ao longo da graduação.

Método:

Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, analítica, observacional e transversal, realizado numa instituição privada de ensino superior, situada no Nordeste do Brasil. A pesquisa se deu por meio da aplicação da Escala Jefferson de Empatia Médica - versão para estudantes (JSPE-vs) e da correlação dos dados obtidos na escala com o período da graduação e o perfil sociodemográfico dos estudantes, a fim de verificar quais correlações se mostram significativas para a expressão dos níveis de empatia dos estudantes, bem como se há erosão dela durante a formação. A coleta de dados ocorreu entre os meses de outubro e novembro de 2020. Contou com 193 participantes entre ingressantes, intermediários e concluintes do curso de Medicina. A amostragem utilizada foi por acessibilidade e conveniência.

Resultados:

A pontuação média global do nível de empatia no conjunto de todos os participantes do estudo (n = 193) foi de 123,56 ± 11,73. Quanto ao período, obteve-se o seguinte resultado: ingressantes = 124,78 ± 9,85, intermediários = 124,00 ± 11,87 e concluintes = 120,63 ± 13,57. Não se verificou diferença estatística entre os escores global ou por fator na comparação entre os três grupos estudados. E na correlação da JSPE-vs com o perfil sociodemográfico, as variáveis sexo feminino e motivo de escolha do curso por vocação foram preditoras de escores maiores de empatia.

Conclusão:

Não se evidenciou erosão dos níveis de empatia nos estudantes de Medicina ao longo da graduação, e os discentes do sexo feminino e aqueles que escolheram o curso por se sentirem vocacionados para tal mostraram níveis de empatia significativamente maiores. Mais estudos sobre esse tema são fundamentais, tendo em vista a importância de uma postura técnico-científico-humanística equilibrada para o exercício de uma medicina de excelência.

Palavras-chave : Empatia; Estudantes de Medicina; Educação Médica; Relações Médico-Paciente.

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