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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Resumo

VACCAREZZA, Gabriela Furst; MONTAGNA, Erik; BARATA, Rita Barradas  e  CARNEIRO JUNIOR, Nivaldo. Análise de variáveis com potencial discriminante para classificação de escolas médicas. Rev. Bras. Educ. Med. [online]. 2023, vol.47, n.2, e068.  Epub 04-Jul-2023. ISSN 1981-5271.  https://doi.org/10.1590/1981-5271v47.2-2022-0056.

Introdução:

Este estudo metodológico pretendeu identificar em qual medida um conjunto de variáveis características de escolas médicas possui capacidade discriminante na classificação dos cursos por meio da análise de agrupamento. Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo do número de vagas ofertadas para cursos médicos. Esse advento impôs desafios para os programas de avaliação, tanto pela necessidade de expandir o processo como pela necessidade de implantação de novos indicadores de qualidade.

Objetivo:

Esse estudo teve como objetivo propor técnicas de análise para aprimorar a capacidade discriminante na classificação de cursos médicos mediante variáveis objetivas relacionadas a aspectos estruturais e operacionais que possam ser incorporadas aos métodos já utilizados.

Método:

Trata-se de um estudo descritivo, analítico-metodológico e quantitativo que utilizou dados dos cursos médicos de São Paulo, em dezembro de 2020. Foi realizada análise por agrupamentos hierárquico e não hierárquico dos cursos para identificar variáveis com capacidade discriminante em busca de padrões que cooperem para a classificação das escolas médicas. As variáveis estudadas foram: início do curso, carga horária, regime letivo, metodologia, hospital universitário, categoria administrativa da instituição e gratuidade. Para a construção dos agrupamentos, adotaram-se o método de Ward e a distância euclidiana para estimar a discriminação entre os grupos. No agrupamento não hierárquico, a definição da quantidade de grupos foi determinada pela análise da diminuição da variância. Avaliou-se a correlação entre as variáveis por meio de mapas de calor.

Resultado:

As análises de agrupamento mostraram a existência de três grupos de escolas médicas por similaridade: um grupo composto por escolas mais antigas e com maior carga horária, e, nos outros dois, consideraram-se as escolas não gratuitas sem hospital universitário, diferenciando-se pela idade das escolas. Além disso, as correlações reforçaram que as variáveis adotadas cooperavam para a discriminabilidade entre grupos. Há reconhecida heterogeneidade entre os cursos de graduação no Brasil, e esse dado também se aplica aos cursos médicos que impõem desafios metodológicos para os processos de avaliação estabelecidos. Entretanto, a inclusão de variáveis requer métodos capazes de refinar a capacidade discriminante da análise.

Conclusão:

A análise aqui proposta mostrou-se capaz de identificar grupos de escolas médicas por meio de indicadores objetivos e pode auxiliar o processo de avaliação das escolas médicas.

Palavras-chave : Educação Médica; Escolas Médicas; Análise por Conglomerados.

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