Resumo

VENCO, Selma Borghi. Tempo e educação: reflexões sobre França e Alemanha. Educ. Teoria Prática [online]. 2017, vol.27, n.56, pp.592-610. ISSN 1981-8106.  https://doi.org/10.18675/1981-8106.vol27.n56.p592-610.

Este artigo tem como objetivo analisar as características da política educacional em dois países, Alemanha e França, particularmente no que concerne ao tempo de permanência nas escolas. A pesquisa, de caráter documental e bibliográfico, privilegiou as informações oriundas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a política educacional nos países participantes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), bem como as disponibilizadas pela Comunidade Europeia. O tempo, enquanto categoria analítica, é aqui compreendido sociologicamente como uma construção social, a qual se inscreve no advento do capitalismo e passa a determinar ritmos e processos, inclusive no âmbito da vida privada. Constatou-se que a França mantém sólida tradição nas escolas de tempo integral, em que permanência dos estudantes na educação básica atrela-se ao currículo e ao ensino aprofundado de um segundo idioma. A Alemanha, por sua vez, adere paulatinamente a tal política, como resposta aos resultados negativos apresentados no Pisa em 2000; contudo privilegia o contraturno para aulas de reforço e recuperação, não como forma de complementação curricular.

Palavras-chave : Escola de Tempo Integral; Norma Temporal; Política Educacional; Tempo e Educação.

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