SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.32 número65Metodologias ativas aplicadas em dois cursos técnicos pelos docentes no IFTO, Câmpus PalmasAprendizagem baseada em projetos em um contexto de pandemia: um exemplo de aplicação índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Compartilhar


Educação: Teoria e Prática

versão impressa ISSN 1993-2010versão On-line ISSN 1981-8106

Resumo

NIELS, Karla Menezes Lopes; SALES-CONTINI, Rita de Cássia Mendonça; PEREIRA, Gabriela Moysés  e  CURANISHI, Fernanda Tonholi Sasso. Ensino remoto emergencial: as dificuldades na perspectiva de mães e mães-professoras. Educ. Teoria Prática [online]. 2022, vol.32, n.65, e14. ISSN 1981-8106.  https://doi.org/10.18675/1981-8106.v32.n.65.s15627.

A pandemia provocada pela covid-19 em 2020 provocou intensas mudanças no cenário social. Uma das áreas mais afetadas foi a educação, em especial a educação básica, que, sem preparo, foi da modalidade presencial à remota. Para entender como as dificuldades enfrentadas são distintamente percebidas pelas mães, mães-professoras e seus filhos durante o ensino remoto emergencial (ERE), empreendeu-se uma pesquisa de opinião, entre os meses de junho e julho de 2020, com 395 mulheres brasileiras cujos filhos estão em idade escolar, a fim de entender os impactos do início do ERE para esse grupo. Evidentemente, diferenciamos dentre as mães que compõem a amostra aquelas que exercem a docência, as quais denominamos “mães-professoras”, a fim de pontuar as diferenças entre o que cada uma dessas realidades sofreu com a experiência do ERE. Os resultados demonstram que com a prática do ensino remoto as mães tiveram que se desdobrar para auxiliar os filhos nas atividades escolares, o que provocou grande exaustão física, mental e emocional, sobretudo para as mulheres que têm mais de um filho, que trabalham fora ou que exercem o magistério. Ainda, a faixa etária dos discentes revela crianças e adolescentes entre 2 e 13 anos, que, sem preparação prévia, deixaram subitamente os espaços escolares aos quais pertenciam e tiveram que continuar as aulas de forma remota. Conclui-se que, embora não haja culpados, o processo de ensino-aprendizagem ao longo de 2020 deixou de ser um todo para tornar-se algo fragmentado, por vezes sem rumo certo, cujas consequências para os sujeitos envolvidos ainda não são claras.

Palavras-chave : Ensino remoto; Gênero; Docência; Maternidade; Covid-19.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português     · Português ( pdf )