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Revista Teias

versão impressa ISSN 1518-5370versão On-line ISSN 1982-0305

Resumo

SCOFANO, Ricardo  e  RANNIERY, Thiago. DESENTENDIMENTO NA POLÍTICA CURRICULAR: um problema de sentido. Revista Teias [online]. 2022, vol.23, n.71, pp.129-141.  Epub 28-Fev-2023. ISSN 1982-0305.  https://doi.org/10.12957/teias.2022.70180.

Escrevemos este artigo perseguidos pela seguinte provocação: “a política supõe mais do que as palavras que a definem”. Em decorrência de um projeto de pesquisa interinstitucional, escutamos esta fala quando acompanhávamos uma roda de conversa para a produção de uma política curricular de uma rede pública municipal de educação. Levando a sério a fala de professores e professoras com quem tivemos contato, pretendemos reimaginar a política curricular em seu quadrante notoriamente afetivo e sensível, entendendoa como uma coreografia de afecções e expressões entre corpos de diferentes naturezas. A nosso ver - ao cartografarmos um processo de reformulação curricular -, a experiência política é instaurada e pode ser pensada através de uma relação dissensual e imanente aos atos de ver, fazer e falar, tal como elabora Jacques Rancière em diversos escritos. Dito de outro modo, nosso argumento expõe como, por não concordamos e não termos consenso em relação àquilo que o currículo é (o que acontece na escola, um documento oficial, uma prática de significação, a própria vida: as definições não são totalizáveis), a política de currículo se manifesta enquanto um espaço-tempo de convergência e derrame da diferença. Neste percurso, ergue-se um problema de sentido na política, isto é, de como as palavras e as coisas se (des)articulam e em suas respectivas irredutibilidades; movimento que produz distintos regimes de sensorialidade em comunidades políticas no seio da experiência curricular.

Palavras-chave : política de currículo; teoria curricular; desentendimento; afeto; sensível.

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