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Educação e Filosofia

versión impresa ISSN 0102-6801versión On-line ISSN 1982-596X

Resumen

CARVALHO, Alexandre Filordi de. Governar pela dívida e subjetividade funcional na educação: qual o lugar da deficiência?. Educação e Filosofia [online]. 2017, vol.31, n.63, pp.1419-1441.  Epub 09-Mar-2021. ISSN 1982-596X.  https://doi.org/10.14393/revedfil.issn.0102-6801.v31n63a2017-07.

A partir da leitura de Gouverner par la dette (LAZZARATO, 2014), o objetivo do trabalho consiste em investigar a relação das estratégias consolidadas em um tipo de sociedade governada pela dívida com a produção de subjetividades. Significa pensar que, neste tipo de sociedade, a subjetividade é absorvida pelos dispositivos e pelos agenciamentos da dívida compelindo cada um a uma experiência de endividamento próprio com uma mais-perfeição que nunca se obterá. Assim, reduz-se as possibilidades de modos de ser a uma subjetividade funcional. Privilegiando a deficiência como um valor próprio, a hipótese interpretativa assinala que o sujeito deficiente é um operador crítico e de mutação dos agenciamentos produtores de subjetividade na sociedade governada pela dívida. De um lado, porque o campo da deficiência anuncia uma polivocidade de sentidos contra a univocidade de sentidos que são forjados nas sociedades governadas pela dívida, sociedades com Estado (CLASTRES, 2009). Por outro lado, porque ao indagar a composição das unificações de sentidos, questiona-se a própria produção de subjetividades funcionais. Para tanto, o trabalho avança em três frentes. Na primeira, introduz a questão do governo da dívida na dimensão geral das sociedades com Estado e como esta relação assinala para uma produção cultural unificadora. A seguir, analisa a produção de subjetividade por intermédio do governar pela dívida. Finalmente, aborda a questão da deficiência como polivocidade de sentidos face à produção da subjetividade, trazendo implicações para se pensar o amplo papel da educação na cultura do governo pela dívida, perscrutando como a dimensão subjetiva pode ser distinta daquele a que somos destinados pela axiologia da dívida.

Palabras clave : Governar pela dívida; Produção de subjetividades; Subjetividade funcional; Deficiência; Educação.

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