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Educação e Filosofia
versão impressa ISSN 0102-6801versão On-line ISSN 1982-596X
Resumo
BOVETO, Lais e OLIVEIRA, Terezinha. A potencialidade na filosofia da educação antiga e medieval. Educação e Filosofia [online]. 2021, vol.35, n.74, pp.779-811. Epub 15-Jan-2024. ISSN 1982-596X. https://doi.org/10.14393/revedfil.v35n74a2021-60609.
O texto aborda a potencialidade, na filosofia da educação antiga e medieval, como a capacidade de aperfeiçoamento da razão. A noção de paideia conduz essa reflexão, uma vez que perpassa o pensamento educacional desde a antiguidade clássica até a baixa Idade Média. Essa continuidade explicita a tradição da formação integral do homem que considerava os aspectos morais e políticos como uma totalidade indissociável. O encaminhamento teórico segue a concepção de História Social de Braudel (1902-1985), já que o foco é a compreensão da herança teológica e filosófica, que exprime os fundamentos da educação. Para refletir sobre esse legado do conhecimento, três momentos foram estudados: a paideia grega na perspectiva aristotélica e platônica; a patrística, por meio do entendimento de Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) e de Agostinho de Hipona (354-430 d.C.); e a escolástica, analisada nas concepções de Hugo de São Vítor (1096-1141) e Tomás de Aquino (1225-1274). Assim, nos autores apresentados, há a permanência da compreensão de que o aperfeiçoamento da razão significava a transformação em ato da potência essencial do homem: a razão. A principal finalidade da educação, portanto, era a formação da consciência de cada pessoa, pois entendia-se que esse era o principal meio para o êxito da vida em comum.
Palavras-chave : Filosofia da Educação; Potencialidade; Paideia; Patrística; Escolástica.