Serviços Personalizados
Journal
Artigo
Compartilhar
Ensino em Re-Vista
versão On-line ISSN 1983-1730
Resumo
PACHECO, José Augusto e MAIA, Ila Beatriz. Transglobalidade, cosmopolitismo e inovação como linguagens da escola em tempo de crise. Ensino em Re-Vista [online]. 2022, vol.29, e050. Epub 08-Jun-2023. ISSN 1983-1730. https://doi.org/10.14393/er-v29a2022-50.
Soprando ventos globalizados de contradição, com o objetivo de tornar mais comum a sociedade, num processo de múltiplas uniformidades, o cosmopolitismo surge como princípio que pode contribuir para o pensar e o agir dos sujeitos em instituições de educação e formação, desde a educação infantil até ao ensino superior. Daí que, numa análise das linguagens que hoje coexistem no ambiente das escolas, seja referida a atitude cosmopolita docente (PACHECO, 2018), orientada para a inclusão, a diversidade e a equidade, em que a subjetividade é algo que não faz da educação um mero processo de aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes, mas um projeto de realização pessoal, na exploração das ideias de Dewey (1902/2002). Para se conseguir esta atitude cosmopolita, a linguagem da inovação, juntamente com outras, caso das tecnologias digitais, está bem presente nas políticas educacionais, ainda que tenha sido perspetivada mais na procura de um alinhamento curricular com processos de melhoria (FULLAN, 2015) do que no registo de um acontecimento (ŽIŽEK, 2017), que se torna único, espontâneo e não suscetível de ser transformado em regras, que têm alimentado a gramática da escola, isto é, uma escola em crise pelos comuns organizacional, curricular e pedagógico que têm sido marcantes nos últimos dois séculos (LABAREE, 2012; TYACK; CUBAN, 1995).
Palavras-chave : Transglobalidade; Cosmopolitismo; Inovação.