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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

MARSAL, Eva  e  DOBASHI, Takara. Os desenhos de crianças como expresses de uma ―narrativa filosofante‖. Conceitos de morte. Uma com-paração entre as crianças de escolas de ensino fundamental na alemanha e no japão. child.philo [online]. 2011, vol.7, n.14, pp.251-269. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2011.14251.

Uma das famosas perguntas de Kant a respeito de ser humano interroga: ―O que posso esperar?‖ Esta questão coloca a vida individual em um horizonte abrangente de história humana e especula sobre a possibilidade de perspectivas além da morte. Em nossa época a mortalidade é geralmente reprimida, embora o desenvolvimento da consciência pessoal seja estreitamente ligado à realização da finitude de cada um. Isso torna especialmente urgente as perguntas para as crianças, e elas são deixadas para lidar com elas sozinhas. Desde o tempo em que o despertar começa, a sabedoria de que a morte pode ocorrer a qualquer memento é um dos a priori determinantes do estar vivo; ou seja, a vida é estruturada antecipadamente pela sua futura dimensão do passado. (Scheler, Heidegger, Fink, Simmel). Segundo Max Sche-ler, a morte se revela como um constituinte necessário e manifesto de toda experiência interna possível no processo da vida. As interpretações culturais e individuais do significado e consequências da morte derivadas dessa visão abriram um amplo espaço para as possibilidades imaginadas de uma ―existência continuada‖, que afetou as abordagens da vida. No nosso projeto de pesquisa ‖Inochi - O conceito da Vida após a Morte na construção do Mundo das Crianças. Uma comparação Alemã-Japonesa‖, levada com o apoio para a pesquisa da Alemanha e do Japão, nós examinamos conceitos desenvolvidos na co-munidade de investigação relativos à ―Vida após a morte do indivíduo‖ como alma, anjo, animal, estre-la, etc. Nisso queremos examinar se um meio ambiente de mídia globalizado leva a uma convergência cultural nas ideias das crianças, e se existem diferenças entre as visões dos meninos e das meninas. A relevância das ideias sobre a morte é vista no exemplo das crianças japonesas que, acreditando na reen-carnação escolhem ―se suicidar‖ com certa frequência como uma estratégia para resolver problemas. Nossa contribuição vai apresentar as imaginações das crianças usando os desenhos que eles criaram nes-se quadro, pois esses podem ser interpretados como expressões de uma ―narrativa filosofante‖, particu-larmente para as crianças japonesas. Aqui nós seguimos Mark Johnson que diz ―Os seres humanos são animais imaginativos sintetizantes‖ (1993, p. 152). Essas imaginações fazem uma boa parte de nossa compre-ensão, não somente de nossas crenças, mas principalmente nossa maneira socialmente construída de ser e habitar o mundo.

Palavras-chave : educação comparativa; infância; desenhos; morte; narrativa.

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