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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

WESTMAN, Susanne  e  ALERBY, Eva. Repensando a temporalidade no desenho da educação com as filosofias de merleau-ponty E deleuze: um devir chiásmico. child.philo [online]. 2012, vol.8, n.16, pp.355-377. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2012.16355.

As crianças de hoje vivem em um momento no qual as imagens delas mesmas e de sua infância, suas necessidades, interesses e capacidades, são discutidos, pesquisados, desafiados, e mudados. Infância, educação e dispositivos educacionais para as crianças pequenas são em grande extensão governados pela temporalidade. Neste artigo, temporalidade e noções temporais na educação são exploradas e discutidas. Nós esclarecemos especialmente dois modos diferentes de pensar sobre as crianças na educação e no cuidado pelas crianças menores no Ocidente - as noções tendenciosas predominantes das crianças como devir ou ser. A criança como devir é manifestada em primeiro lugar na psicologia do desenvolvimento clássica enquanto a noção da criança como ser foi ressaltada principalmente pelos pesquisadores da sociologia em sua crítica à psicologia do desenvolvimento. Esta última noção é também visível de maneira totalmente diferente na filosofia de Rousseau, enfatizando a criança livre e natural. Além disso, exploramos um modo alternativo de pensar a temporalidade e as crianças. Partindo das filosofias de Maurice Merleau-Ponty e de Gilles Deleuze, nós argumentamos para repensar a temporalidade além das visões lineares e das noções tendenciosas das crianças como 'ou ou'. Um movimento em direção a uma perspectiva que não somente combina noções, mas na qual o todo é mais que somente a soma das partes é proposta. Isso leva a uma conexão ambígua, entrelaçada e progressiva entre as noções temporais de ter sido, ser e devir, descrita por um novo conceito - um ser-devir quiásmico, Sugerimos que essa alternativa pode ser um jeito frutífero de ultrapassar abordagens binárias e de expandir a discussão sobre temporalidade e noções de criança, na educação. Tal alternativa poderia funcionar como um contrapeso à noção predominante de educação e trabalho dos professores. Pode também ser vista como uma fundação significativa para uma educação ética desde que é construída sobre relações interligadas e evolutivas, que apreciam abertura e imprevisibilidade.

Palavras-chave : Maurice Merleau-Ponty; Gilles Deleuze; temporalidade, devir, ser, um ser devir quiasmático; educação ética.

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