SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.8 número16A solidariedade política de uma república escolar segundo carlos norberto vergaraInfância e educação infantil: o que dizem os professores? índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Compartilhar


Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

KENNEDY, Nadia Stoyanova. Habitus matemático, a estruturação das práticas da sala de aula de matemática, e as possibilidades para a transformação. child.philo [online]. 2012, vol.8, n.16, pp.421-441. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2012.16421.

Neste artigo, eu discuto o conceito de habitus do filosofo social Pierre Bourdieu, e o uso para localizar e examinar disposições numa constelação mais abrangente de conceitos relacionados, explorando sua relação dinâmica no contexto social, e suas construções, manifestações, e função em relação às práticas na sala de aula de matemática. Eu descrevo as mais importantes características do habitus que contam em seus efeitos invisíveis: sua incorporação, sua internalização de esquemas profundos e pré-reflexivos, orientação, e gosto que são aprendidos e no entanto não-sabidos, e que são subsumidos por nossas práticas, que nós compreendemos como algo que "se passa sem dizer". Eu também proponho que, de modo similar ao conceito de habitus linguístico de Bourdieu, um habitus matemático é feito de uma complexa concorrência de histórias coletivas e individuais que se transformam em "natureza", que estrutura toda ação individual e coletiva e informa a prática das salas de aula de matemática. Sugiro que as disposições matemáticas individuais podem ser confiadas à reconstrução por uma reconstrução do habitus matemático coletivo, que se segue da abertura de espaços para o diálogo, a problematização e a reconstrução das categorias impensadas da doxa. Isso requer que os estudantes adquiram meios concretos e simbólicos novos com os quais podem desafiar o seussenso usual da matemática como disciplina, e da prática matemática tout court. Finalmente, argumento que a comunidade de investigação, usada como um modelo pedagógico, fornece uma avenida para ambas: para a abertura desses espaços para a investigação dialógica reflexiva em conceitos e questões cujos sentidos e referências foram até agora tomados por garantidos, e para adquirir pensamento crítico e capacidades e disposições dialógicas que constituem meios necessários para participar de tal investigação reflexiva que oferece uma promessa significativa de reconstrução do habitus individual e coletivo nos dispositivos escolares.

Palavras-chave : Habitus matemático; Comunidade de investigação; Reconstrução.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Inglês     · Inglês ( pdf )