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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

ROBINSON, Grace Clare. Vivendo e aprendendo: a Narrativa na investigação ética com crianças. child.philo [online]. 2014, vol.10, n.20, pp.305-330. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2014.10206.

Muitos educadores terão familiaridade com o poder das histórias para estimular uma rica e significativa pesquisa filosófica sobre os problemas éticos com as crianças. Nesse artigo, eu apresento uma visão da natureza da narrativa e da ética - e as relações entre as duas - que tenta explicar por que isso acontece. Não é um acidente se as matérias de ética são esclarecidas para as crianças e os adultos, do mesmo modo, nas histórias, nem na explicação desse acordo entre os temas, nem uma questão de convenção. A narrativa, eu argumento, está no coração da vida e do aprendizado ético. Nós vivemos e aprendemos em virtude das histórias que contamos e que nos são contadas. Isso é possível não somente porque essas histórias nos apresentam vividamente um conteúdo ético, mas também porque o engajamento exitoso e a alegria dessas narrativas requerem o exercício de capacidades que também nos ajudam a ter boas vidas. A narrativa é central, em dois aspectos, para aprender como viver uma boa vida e vivendo isso: é ao mesmo tempo fonte e método do conhecimento ético e de sua compreensão. Felizmente para os educadores, a narrativa é uma fonte rica e abundante e um método que pode ser facilmente apreendido e então praticado e improvisado. Para aqueles que acham essa observação persuasiva, eu concluo com algumas sugestões sobre como praticar o Inquérito Ético Narrativo de maneiras que reconhecem, atualizam e maximizam o poder da narrativa, enquanto faz com que ele se torne frutuoso na vida e na aprendizagem ética cotidianas. Eu proponho o ‘Investigação Ético Narrativa’ como uma pedagogia que visa desenvolver três virtudes: vigilância ética, competência narrativa e crítica, inquérito autoconsciente. Eu me dei conta que a classe de filosofia é uma crisol ideal para a combinação desses três elementos. Contudo, em outro trabalho eu argumentei que o Inquérito Ético Narrativo não se restringe às aulas de filosofia, ou a qualquer aula que seja. É igualmente em casa e nos contextos da comunidade, doméstico, religioso, profissional ou político que as pessoas usam histórias para representar as experiências ética, para explorar problemas éticos e compartilhar o que aprenderam. Eu não estou defendendo algo radicalmente novo nesse artigo, mas observando algo que existe espontaneamente nesses lugares em que os seres humanos procuram ordem, compreendem e comunicam experiências éticas; e aprendem a melhor forma de obter uma boa vida. Aqui eu só estou propondo que esse fenômeno - do esclarecimento ético pela narrativa - seja reconhecido mais amplamente, e divulgado para os educadores.

Palavras-chave : Comunidade de Investigação; Narrativa; Ética; Educação; Filosofia.

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