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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

FLETCHER, Natalie M.. Autorando e facilitando os afetos: a novela filosófica como uma forma libertadora de trabalho afetivo. child.philo [online]. 2014, vol.10, n.20, pp.331-355. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2014.10207.

Este artigo enfoca a noção de afetividade, que ao decorrer das últimas décadas se tornou uma lente cada vez mais popular para estudar vários temas nas humanidades e ciências sociais, notavelmente em relação ao trabalho. A noção de “trabalho afetivo” foi considerada para incorporar tanto o trabalho que requer um investimento emocional quanto o trabalho que é suposto produzir respostas emocionais, bem que a exploração de tal trabalho, que varia em seu escopo, geralmente não tenha ampliado sua abrangência para incluir o campo da educação, convidando à pergunta: Podem os educadores e suas saídas pedagógicas ser analisados com as mesmas lentes afetivas que usamos para estudar outras profissões? O programa de filosofia para crianças (FPC) criado por Matthew Lipman e Ann Sharp representa um caso de estudo interessante da educação como trabalho afetivo desde que ele envolve não somente os encontros educativos ao vivo com grupos de crianças mas também encontros virtuais retratados por seu currículo de novelas filosóficas. Este artigo posiciona a novela filosófica lipmaniana como uma forma de trabalho afetivo ao mesmo tempo em processo (a experiência do autor - trabalho que requer investimento afetivo) e na entrega (a experiência da criança - trabalho que produz uma resposta afetiva). Desenhando a partir das ideias de Michael Hardt e Antonio Negri, eu procuro demostrar como a novela filosófica captura o potencial de libertação do trabalho afetivo - autonomia relacional dentro de uma comunidade forte - enquanto evita seus resultados negativos da exploração e da alienação. Fazendo isso, ele se esforça em articular o que a novela filosófica já permitiu e o que ela deveria visar tornar possível em seus rendimentos futuros. O artigo começa com um breve relato sobre o trabalho afetivo como uma oportunidade dentre os riscos e então procedo ao exame da novela filosófica como uma tentativa de escritura que “os autores” afetam e subsequentemente “facilita” os afetos entre as crianças engajadas num diálogo colaborativo.

Palavras-chave : Afeto; Trabalho Afetivo; Autonomia; Filosofia para Crianças; Novelas Filosóficas.

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