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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

BINGHAM, Charles. Filosofia para crianças como um deslocamento para o ensino em uma era de muita aprendizagem. child.philo [online]. 2015, vol.11, n.22, pp.223-240. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2015.22113.

Nesse artigo, contextualizo a abordagem da comunidade de investigação e a Filosofia para Crianças, dentro do atual contexto educativo. Especificamente, argumento que, enquanto a literatura acadêmica em torno da Filosofia para Crianças teve a tendência de criticar os problemas da autoridade docente e a transmissão de conhecimento, devemos considerar os cenários educativos sutis que têm a centralidade no aluno como uma ameaça à Filosofia para Crianças. Começo apresentando uma anedota pessoal de minha própria experiência como aluno da escola primária em 1968. Uso essa anedota para mostrar o aspecto prejudicial dessa virada em torno do aprender - e o concomitante afastamento do ensinar - nas últimas cinco décadas. Continuo detalhando o que chamo de “a lógica do aprender”, que tem cinco componentes: 1) O aprender tem uma teoria, ou uma “lógica”, que os estudantes podem descobrir; 2) O aprender é um instrumento que as pessoas precisam aprender a fim de que adquiram alguma coisa após a finalização do processo de aprendizagem; 3) O aprender diz respeito à “normalização”, ou algumas pessoas aprendem certo enquanto outras não; 4) Ensinar é o mesmo que instruir, pois ensinar sempre significa dar conhecimento aos estudantes; 5) A autoridade deveria se estabelecer como uma posse do aprendiz, então a autoridade seria entendida como uma coisa mais do que como uma relação. Mostro que esses elementos da lógica do aprender são um impeditivo para os objetivos da Filosofia para Crianças, e que os opositores da Filosofia para Crianças usam esses elementos para criticar este projeto. Continuo descrevendo uma concepção relacional de autoridade. Demonstro a importância da autoridade relacional e do ensino relacional como componentes principais da Filosofia para Criança. Finalmente, concluo que a Filosofia para Crianças precisa encabeçar um movimento a favor do ensino relacional.

Palavras-chave : Relacional; Aprendização; Autoridade; Filosofia para Crianças.

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