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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

ANDERSON, Daniel John. Fundamentos da democracia e sustentabilidade: poder, realidade e dragões. child.philo [online]. 2015, vol.11, n.22, pp.283-297. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2015.22116.

O papel do facilitador dentro das Comunidades de Investigação Filosófica (CIF) tem sido frequentemente destinado a estruturar as interações do grupo e/ou confirmar as contribuições dos participantes. Neste artigo, entretanto, será sustentado que facilitadores devem assumir um papel muito mais ativo no diálogo do que tem sido reconhecido até aqui. Este é o caso porque, quando deixado a seus próprios dispositivos, o diálogo da CIF frequentemente se transforma em mera opinião, tornando-se obscuro e/ou ficando submerso por um excesso de conteúdos irrelevantes. Será argumentado que esses efeitos, por sua vez, colocam uma séria ameaça ao facilitador. Isso é, por turvar o diálogo, esses efeitos podem romper o elo entre o colocado pelo agente motivacional e o assunto em questão e, consequentemente, podem levar os agentes a interiormente se desinteressar pela discussão em curso. Dado o perigo que o diálogo não controlado coloca ao facilitador, será argumentado que o facilitador deve estar atento para prestar assistência à saúde do ambiente linguístico que ambos, agentes e participantes, ocupam. Isto é, será argumentado que os facilitadores tenham responsabilidade de cuidar das intervenções dos participantes, intervindo no diálogo e promovendo rigor e clareza. Interessantemente, esse modelo ecocêntrico de cuidado com frequência colide diretamente com uma posição mais intuitiva ou biocêntrica, segundo a qual o facilitador deve diretamente cuidar para o bem estar afetivo ou emocional dos participantes, comemorando suas contribuições para o bem da discussão. Em vez disso, é sugerido que os facilitadores possam, indiretamente, cuidar dos participantes estrategicamente, incitando-os a fazerem suas contribuições logicamente fundamentadas, concisas e claras. Mais que isso, essa perspectiva ecocêntrica também se confronta com a ótica frequente segundo a qual o facilitador é uma figura temporária que deveria, finalmente, se tornar obsoleta na FpC. Contrariamente, a perspectiva ecocêntrica sugere que o papel do facilitador é indispensável para sucesso da FpC, à medida que ajuda a criar e a manter as condições necessárias para o investimento do agente, e ajuda a assegurar a continuidade do ecossistema linguístico, do qual depende, crucialmente, o bem estar de todos.

Palavras-chave : Filosofia para Criança; Comunidade de Investigação Filosófica; Discussão Filosófica; Facilitador.

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