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Childhood & Philosophy

versión impresa ISSN 2525-5061versión On-line ISSN 1984-5987

Resumen

NASCIMENTO, Maria Letícia. Estudo da infância e desafios da pesquisa: estranhamento e interdependência, complexidade e interdisciplinaridade. child.philo [online]. 2018, vol.14, n.29, pp.11-25. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.30537.

Considerar as crianças sujeitos históricos e de direitos, atores sociais, produtores de cultura é resultado de uma construção social, fundamentada em pesquisas realizadas pelo campo da sociologia da infância. O reconhecimento de que crianças constroem cultura vai se configurar a partir dos estudos desenvolvidos principalmente na década de 1990, sob a ótica de sua dinâmica histórica, cultural e social (QVORTRUP, 2002). Esses estudos têm defendido que a infância seja reconhecida como grupo específico que produz e reproduz a vida social, ou seja, que as crianças são seres históricos, sociais, que estabelecem relações com outras crianças e com adultos, como pessoas que participam da sociedade, ainda que de forma limitada, e são influenciadas por eventos políticos, econômicos, culturais, tecnológicos, dentre outros. Essa concepção, contudo, tem convivido com outros paradigmas, como o paternalismo, ou com concepções que fragilizam a condição de ser criança e mantém a ideia de passividade e, assim, de subordinação ao poder dos adultos. A infância, contudo, não pode ser abordada apenas pelo que as instituições adultas esperam, mas reconhecida como grupo específico que produz e reproduz a vida social. Pesquisar a infância, assim, significa lidar com relações e conteúdos complexos, que tanto podem focalizar a interdependência entre crianças e adultos quanto evidenciar as relações de poder estabelecidas nas relações geracionais. Ainda que sejam os adultos a estudar a infância, investigá-la a partir das crianças significa não ignorar que suas ações provêm da mesma multiplicidade de fatores presentes nas relações sociais. Além disso, admitir que forças econômicas e políticas interferem em seu cotidiano, assim como estabelecem fronteiras entre diferentes grupos de meninos e meninas, desafia e define caminhos interdisciplinares de investigação.

Palabras clave : infância; geração; interdisciplinaridade..

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