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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

REDONDO, Patricia Raquel. A borboleta e o violino a urgência de uma cita: infância(s), escola(s) e igualdade. child.philo [online]. 2018, vol.14, n.31, pp.545-556.  Epub 17-Maio-2019. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.36192.

Este trabalho apresenta uma reflexão político-pedagógica sobre a educação com infâncias das classes populares. Parte do seu conteúdo se refere a um trabalho de pesquisa que tenta elucidar se na Argentina, a escola pública inscrita em territórios apontados traumaticamente pela desigualdade, consegue construir outras experiências educativas que transformem a ordem do estabelecido. A partir de uma cena escolar, tenta-se analisar a possibilidade de pensar a gestualidade do movimento e a variação que se abre quando o conjunto dos docentes disputa os sentidos da igualdade e constrói outros modos de ver a infância, as infâncias. É um texto que explora condições de possibilidade diante do avanço brutal do neoliberalismo na Argentina. Vítimas do "gatilho fácil", da repressão e da persecução das forças de segurança, as crianças das classes populares acabam vendo como suas trajetórias educativas são interrompidas com frequência por fatores ligados ao agravamento de suas condições de vida. A infantilização da pobreza nos países latino-americanos se reflete no terreno educativo. As populações infantis segregadas vivenciam ciclos escolares desvalorizados que reproduzem os processos de exclusão. Desse modo, esse trabalho tenta recuperar as experiências educativas que interrompem o esperado; essas que desarticulam o discurso do medo, a falta de segurança e desafiam a equivalência discursiva que associa uma criança pobre ao perigo social. O propósito aqui é colocar em discussão como a gestualidade, a ação institucional, ancorada nas perguntas e o movimento que propicia o pensamento, permitem imaginar outros mundos possíveis, escrever outras melodias com variações diferentes às ansiadas e inventar outras texturas polifônicas em educação. Isto é, atender aos pequenos movimentos que em clave de igualdade podem, na vida dos sujeitos, definirem um caminho diferente. A escola das classes populares com frequência se descobre capturada em processos muito complexos. No entanto, são inúmeras as ações que da educação podem ser levadas adiante para discutir os sentidos do ensino em termos do público.

Palavras-chave : escola(s); educar; infância(s); igualdade.

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