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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

SPLITTER, Laurance Joseph. Identidade e populismo, fora! O papel da filosofia na restauração de um mundo fragmentado e dividido. child.philo [online]. 2019, vol.15, e42962.  Epub 30-Jun-2019. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2019.42962.

Populismo e tribalismo são, cada vez mais, características predominantes das assim chamadas sociedades democráticas. Neste artigo, pretendo explorar algumas das razões deste aumento, incluindo confusões conceituais acerca da natureza da identidade e a dicotomia coletivista/individualista; o declínio dos canais midiáticos legítimos e sua substituição pelas mídias sociais e suas narrativas pouco preocupadas com uma consistência, com normas morais ou com a afirmação da verdade; e o fracasso dos eleitores em sustentar suas responsabilidades como cidadãos de uma democracia. Pretendo demonstrar que enquanto o populismo pressupõe uma estrutura democrática formal, na verdade ele é incompatível com - e na verdade representa uma genuína ameaça para - a democracia. Pretendo propor uma estrutura ética e epistemológica baseada na unificação do conceito de pessoalidade, que substitua as variadas tribos, grupos, coletivos e associações com as quais nós nos identificamos, e que são, erroneamente, tomadas como constituintes de nossas identidades. Pretendo ainda justapor as noções de narrativa e de diálogo para propor caminhos em que tribalismo e polarização possam ser contestados. Talvez não surpreendentemente, a melhor forma de fazer essa contestação seja a prevenção, ressaltando a importância de ensinar as crianças, desde cedo, a serem potentes pensadoras. Um pensamento potente não é meramente uma importante ferramenta educacional; é a chave para tornarem-se pessoas que são autoconscientes, conscientes sobre os outros como elas e mutuamente conscientes do próprio mundo. Nossas identidades como pessoas podem ser consideradas as condições prévias para que possamos perguntar e responder o que chamo de “as Grandes Questões” (incluindo “Como devo viver?”, “Quais são minhas responsabilidades e obrigações para com os outros?” e “Como posso contribuir para fazer do mundo um lugar melhor?”). E é ai que a filosofia para crianças e a comunidade de investigação têm papeis importantes a desempenhar.

Palavras-chave : populismo; identidade; democracia; pessoa; narrativa; diálogo; pensamento potente..

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